quinta-feira, 21 de agosto de 2008

VIOLÊNCIA, O QUE EU FAÇO CONTRA ELA?

VIOLÊNCIA, O QUE EU FAÇO CONTRA ELA? II

Cesar Techio
Economista – Advogado
techio@concordia.psi.br
Conclama à reflexão e a uma posição pessoal, a Editora Chefe deste jornal, ANALU SLONGO, em sua crônica de 12/04/08, sob o título em epígrafe, apontando a deficiência de políticas públicas de inclusão social, do que concluo que é a exclusão social e econômica e a desesperança de melhores dias, a maior causa geradora da violência. Na realidade o Estado não consegue mais realizar sua missão de desenvolvimento porque tem a frente políticos que não valem nada, eleitos pelo povo. Neste sentido, a imprensa tem tremenda responsabilidade na comunicação de interesse público, que estimule o debate, que tenha compromisso com a formação, a educação e a construção da cidadania.
É necessário uma imprensa que rivalize, confronte idéias, mostre a realidade dos desequilíbrios econômicos, da exclusão e marginalização social, que discuta mais, educação, saúde, direitos humanos, justiça social, relação Estado sociedade, decomposição dos eco-sistemas, poluição da água-solo-ar e da vida. Neste contexto, não existe conciliação com nada e com ninguém, porque o abraço dos opostos na cúpula desacredita o eleitor consciente e decepciona os que tem vergonha na cara. A imprensa tem que apontar as contradições das autoridades políticas e públicas e a decomposição de costumes e valores de que são portadores.
Defenestrar políticos safados, que não permanecem ao lado do povo, que não optam pelos pobres, interessados somente em si e no seu futuro é missão dos meios de comunicação conscientes, porquê: “Este país com sua instituição pertence ao povo, que nele mora. Quando estiver cansado do governo existente, deve poder sempre exercer o seu direito constitucional de censurá-lo ou o seu direito revolucionário de derrubá-lo”. (Abraham Lincoln).
Cristo dá o exemplo, quando não conciliou com os vendilhões do templo, colocando-os no seu devido lugar: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar a um e Amar a outro, ou há de dedicar-se a um desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao Diabo”. (Mt). A política perversa tem canalhas por trás que compram votos e iludem o eleitor na miséria. Então, é preciso que se resista à tentação das promessas convenientes, também como Jesus fez á proposta de Satanás, “Tudo isto te darei se prostrado me adorares”, Jesus respondeu, sem pestanejar: “Retira-te, Satanás” (Mt. 4.10).
Neste ponto, não só a imprensa, mas as Igrejas, todas elas, tem o dever, de, com o evangelho e a verdade, buscar a verdadeira conversão, que se afasta da fofoca, que não se vende, que não mata seus semelhantes pela ausência de amor, que não vende nem compra votos, que não prevarica, que não decide com lastro em sentimentos pessoais e egoístas. Conversão, Analu Slongo, conversão a Deus! Esta é a solução para acabar com a violência, nas suas mais visíveis e sutis formas.