quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FESTAS COMUNITÁRIAS: ALEGRIA DO POVO



Cesar Techio
Economista – Advogado

            Sem festejar a vida (mesmo em meio a dor do travo amargo dos acidentes, desastres, catástrofes e da tensão diária pela sobrevivência) os homens não poderiam viver juntos e nem consigo mesmos. As festas distendem, despertam o ânimo e quanto mais animadas mais indispensáveis ao amor próprio e a coesão social.  Ao som das bandinhas e no abraço amigo das confraternizações a sociedade se mantém cooperando consigo mesma, as pessoas se desapegam de seus egos, abandonam o isolamento enfadonho e fogem da monotonia do dia a dia. As festas das comunidades são a melhor solução para se livrar das mazelas psiquiátricas, das melancolias, mágoas e abatimentos enraizados nos compartimentos dos cérebros daqueles que se recusam a sair de casa e a conviver com os outros. Comer, beber, dançar e cantar em comunidade. Esta é a receita de saúde mental mais velha do mundo. Com ela, grande parte dos consultórios e hospitais psiquiátricos poderiam fechar as portas. Por isso sou a favor da celebração. A favor das histórias e piadas contadas pelo Lentes durante o churrasco macio regado a cerveja gelada na festa da comunidade de Linha São Paulo no último domingo; a favor das cantorias que resgatam a italianidade dos sofridos descendentes italianos que fizeram a riqueza desta região, como os da Linha Ipiranga; a favor dos kerpes  e das comidas alemãs de Arabutã e Peritiba, enfim, sou a favor de todo o processo terapêutico das festas comunitárias que curam a alma e embalam o coração.

            Por trás destes encontros festivos existe muito trabalho e intensa atividade nas estruturas que acolhem o povo. O centro de eventos da Linha São Paulo, por exemplo, tem o tamanho do coração daquele povo e é reflexo de investimentos pesados, a exemplo de outros centros comunitários espalhados pelo interior do município. Locomover-se até eles, muitas vezes exige transitar por estradas de terra, aqui no nosso município praticamente todas bem conservadas.  No caso do acesso à Linha São Paulo, finalmente o município com a ajuda do governo federal, começa a asfaltar a última etapa, o que vai viabilizar locomoção mais rápida e menos poeira em via de intenso tráfego e alta densidade demográfica. Em crônica pretérita apontei a necessidade de asfaltar o acesso ao CTG Fronteira da Querência, uma das mais frequentadas instituições tradicionalistas do oeste de Santa Catarina.

            Sensível aos pedidos da comunidade de Fragosos o prefeito João Girardi assinou Ordem de Serviço para o início imediato do asfaltamento que beneficiará, também, o Recanto dos Idosos e o Centro de Internamento Provisório de Menores. É evidente que não é possível asfaltar toda a malha viária do interior, mas, a boa conservação, além de permitir o escoamento dos produtos agrícolas também estimula a participação popular dos visitantes que residem na cidade. De forma que, se você receber um convite para participar das festas comunitárias do interior, agarre-se a ele e dê-lhe a chance para conduzi-lo a um estado de espírito festivo, daqueles que queimam o tédio, a monotonia e tornam a vida mais bela.

Pensamento da semana: “A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.” Arthur Schopenhauer