sábado, 18 de abril de 2015

FUNCIONALISMO MUNICIPAL: ESTABILIDADE E GANHOS ACIMA DO MERCADO.






 Cesar Techio
Economista – Advogado

Pouco importa quem vai ser o próximo prefeito de Concórdia. Pouco importa qual a agremiação política vai sair vitoriosa nas eleições de 2016. O que interessa para a sociedade concordiense, além de competência, seriedade, honestidade e moralidade na condução da máquina pública, é equilíbrio e responsabilidade fiscal nas contas do município. Os funcionários públicos tiveram um ganho real de 8,33% nos últimos seis anos. Além disso, a partir de 2011, o Plano de Carreiras, Cargos e Salários atualizou a base salarial equiparando-a ao mercado de trabalho, com uma correção acima de 30%. A cada 03 anos o salário dos servidores é corrigido cumulativamente em 7% e os profissionais do magistério em 10%. Além de tudo isso, os servidores têm carga horária diferenciada dos demais trabalhadores da iniciativa privada, de 35 a 40 horas semanais, afora a Licença-Prêmio de três meses a cada cinco anos trabalhados. E, pasmem, a estabilidade garante a essa classe o privilégio constitucional da estabilidade no emprego.

A funesta e gravíssima crise na qual mergulhou o Brasil, com inflação e recessão econômica explosiva, além de gerar desemprego e desespero por todo o país, também refletiu nas contas do município, o qual registrou déficit orçamentário de cerca de R$ 2 milhões no primeiro trimestre deste ano de 2015. Mesmo assim, o prefeito João Girardi encaminhou lei para repor em 100% da inflação o repasse de 8,42%, para os servidores, os quais, apesar de todos os ganhos e privilégios que possuem (comparativamente a iniciativa privada), ainda querem mais 3% de aumento real sob ameaça de grave prejuízo à população que é seu verdadeiro patrão.

O prefeito João Girardi afirma que se faz necessário manter uma gestão responsável para não comprometer os demais serviços essenciais nas áreas da saúde, educação, desenvolvimento social e obras de infraestrutura. Valorizou os servidores até praticamente o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e não poderá conceder novos aumentos, sob o risco de interromper a prestação de serviços públicos, não fechar as contas no final do ano e ultrapassar o limite legal e prudencial da folha de pagamento. Afora isso precisa contratar servidores para a UPA 24h, Centros Municipais de Educação Infantil e tem a obrigação de continuar a realizar obras públicas em favor dos concordienses.

Diante deste grave quadro, a postura de alguns funcionários públicos é absolutamente repudiada pelo patrão povo, na medida em que existe um sentimento generalizado de que o movimento possue matiz, gosto e cheiro político. Entretanto, convém alertar aos futuros candidatos a prefeito, que a exigência constitucional e legal para esse cargo é a de submissão a Lei de Responsabilidade Fiscal e que a sociedade está muito atenta ao papel atualmente desempenhado pelos atuais vereadores.

 Pensamento da semana: Está na hora de acabar com a estabilidade do funcionalismo público


COMENT'ARIOS: Bom dia, 
os servidores municipais apartir da entrada  em vigor do Plano de Carreira não recebem mais 7% e sim 4% a cada três anos trabalhados e mesmo assim tem que ter horas de curso e ser um ótimo profissional.Pois somos avaliados pelo mesmo poder público que nos paga.
obs: não fiz greve.
Obrigada!
JUCIMARA CRISTINA DOS SANTOS