“Estão
loucos. Que prêmio da paz, nem prêmio de nada. Se me derem um prêmio desses
seria uma honra para os humildes do Uruguai conseguirem um dinheiro a mais para
fazer casinhas… no Uruguai temos muitas mulheres sozinhas com quatro, cinco
filhos porque os homens as abandonaram e lutamos para que possam ter um teto
digno… Bom, para isso teria sentido. Mas a paz se leva interiormente. E o
prêmio eu já tenho. O prêmio está nas ruas do meu país. No
abraço dos meus companheiros, nas casas humildes, nos bares, nas pessoas comuns. No meu país eu caminho pela rua e
vou comer em qualquer bar sem essa parafernália de gente de Estado.”