quarta-feira, 15 de abril de 2015

JOÃO GIRARDI: HÁBITO DE RESPONSABILIDADE FISCAL



  
 Cesar Techio
Economista – Advogado

Em “insigne” não ensaiado, mas inspirado, pensei em escrever neste curto espaço semanal, sobre responsabilidade fiscal. Dizer, desafiadoramente, que aqui em Concórdia a Administração Pública é séria, honesta e a gestão responsável. Que aumento acima da reposição inflacionária para os funcionários públicos municipais, infelizmente dado o momento em que vivemos, é privilégio e não justiça. E, com a devida vênia, não se trata, obviamente, de ser contra ou a favor do Prefeito ou dos funcionários (personalizar é virtude dos meandros da politicalha malandra, de olho gordo – mas não menos cego - nas próximas eleições).  Afinal, se o PT nacional (acompanhado por partidos coligados) chafurda na lama, porque não respingar por aqui, né? Ora, pagar o que é possível não tem nada de incompetência, muito menos de maldade. Trata-se, de preservar um orçamento responsável, equilibrado e contas públicas que respeitem os limites da receita. Gastar mais do que se arrecada é improbidade administrativa, na prefeitura, na casa de cada munícipe, e até na casa da sogra. Simples assim.

Neste norte, se orientando com responsabilidade, não me parece que o prefeito João Girardi perca o sono. Ao contrário, vejo-o dono de uma imensa paz interior, na árdua tarefa diária de buscar valorizar os funcionários e os municípes, apesar das imensas dificuldades que estremecem o Brasil. Dinheiro para tudo, inclusive para obras de grande envergadura, mesmo que projetadas, em tempo de economia em franca deteriorização, inflação crescente e numa recessão que já se apresenta como a mais forte em um quarto de século, nem com milagre. É preciso preservar empregos e quem os tem valorizá-los, com juizo, silêncio e serenidade, pelo menos em respeito aos milhões de brasileiros que, para o desespero de suas famílias, estão sendo despedidos. A queda na arrecadação passou a exigir mais contenção dos administradores públicos. Ela é consequência do desastre da política econômica nacional, afora a ladroeira do mensalão, petróleo e outros “ãos” que estão para estourar na cara do povo. Mas, querer respingar borrifos desta podridão aqui em Concórdia, na corretíssima Administração Pública, é pura parvoíce, perca de tempo, exercício inútil, estratégia que carece de sabedoria.

O parágrafo 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal diz o seguinte: “A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal (...).” O prefeito João Girardi vem reproduzindo este hábito, o de obedecer a lei de responsabilidade fiscal. Isso é digno de louvor e não de críticas e vaias.

 Pensamento da semana: Nós nos tornamos aquilo que praticamos com frequência. A excelência, portanto, não é um ato isolado, mas um hábito. Aristóteles