quinta-feira, 2 de abril de 2009

“MINHA CASA, MINHA VIDA”

“MINHA CASA, MINHA VIDA”
Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@Yahoo.com.br
Um senhor, a espera do destino, em sua vetusta pompa cadavérica, ao cumprimentar um desafeto fortuito, pergunta: “Como vai? Conforme o vento?” Extraído da vida real, dos contos de “Diário de Bordo”, passei a meditar sobre o ódio recôndito que alimenta e impulsiona nebulosos e tartamudos viventes, eternos e amargos oposicionistas a tudo e a todos que encontram pela frente. Que infrutuosa postura e improdutiva infelicidade diante da vida tão pródiga em oportunidades para amar. Daí a viagem por Fernando Campanella, um conselho inadiável: “Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece, por um momento, os números, a semana, o dia de teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveita, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento.”
É nesta lufada de vento oxigenado, de sonhos e de amor à população brasileira, que se orienta o governo Lula, sem prestar atenção à oposição, na qual pululam senhores do gênero, mal humorados, mal educados, inoperantes sempre dispostos a atacar bons projetos daqueles que efetivamente concretizam ideais de justiça, de distribuição de renda e de construção de uma sociedade mais igualitária e fraterna.
Programa reconhecido por organismos internacionais, como modelo eficiente de política pública para a inclusão social, ao combate a miséria, à geração de renda e a desigualdade social, o Bolsa Família vem agora reforçado pelo programa "Minha Casa, Minha Vida", que tem como objetivo construir um milhão de moradias para famílias com renda de até dez salários mínimos. O investimento, MP 459-2009 tramitando em caráter de urgência no Congresso Nacional (http://www2.camara.gov.br/proposicoes), gira em torno de trinta e quatro bilhões. O valor máximo de cada casa financiada será de 130 mil reais e a parcela mínima, para famílias sem renda, é de 50 reais. O programa pretende diminuir o déficit habitacional, que é de 7,2 milhões de moradia, em 14% (quatorze por centro) e financia desde a compra do terreno à construção da infra-estrutura de água e esgoto, dando condições para entrada de energia elétrica. A oposição taxa o Bolsa Família, como o maior programa oficial de compra de votos. E já começou a taxar o programa “Minha Casa, Minha Vida”, como projeto eleitoreiro. Por ocasião do lançamento do programa, Dilma textualmente afirmou: ”Achamos que todos os bons programas do governo foram sempre acusados de serem eleitorais”.
Eis aí, o nó górdio da questão. A oposição deveria abandonar os discursos inférteis, infecundos de sempre, e embarcar no relógio das flores, procurando contribuir de forma concreta quanto ao mérito dos bons projetos do governo, estes que já são importados por outros países. O relógio das flores, é bom observar, não aponta o presente como tempo eleitoral, mas como tempo de coerência, de solidariedade e de efetiva distribuição de renda, bem na linha dos programas do atual governo que de fato se envolve com as necessidades do povo e executa projetos importantíssimos para a população de baixa renda. A isso se chama justiça social e é a favor dela que o vento assopra. Pensamento da semana: Tu me dizes, eu esqueço. Tu me ensinas, eu lembro. Tu me envolves, eu aprendo. (Benjamim Franklin).