quinta-feira, 7 de novembro de 2013

OS PILARES DA TERRA


                                            Cesar Techio
                                            Economista – Advogado
                                            cesartechio@gmail.com.br
              
            
       Gosto do cafezinho,  do pão de queijo e dos sucos do Café da Marisa, frequentado pelo pessoal que trabalha no entorno do calçadão central da Rua do Comércio. São alguns minutos prazeirosos, tipo “happy hour”, que alimentam o bom humor entre um cumprimento e outro. Neste meio não é incomum se surpreender com alguma informação, notícia ou piada do dia. Mas, ontem pela manhã, me chamou a atenção um frequentador assíduo, trazendo consigo “Os Pilares da Terra”, um romace de Ken Follett traduzido para o português em novecentas páginas. E passou a explicar que a história teria ocorrido no século XII, época em que um humilde pedreiro de nome Tom sonhou em construir uma imponente catedral gótica: “É um `best seller` épico que conta a construção da catedral de Kingsbridge, na Inglaterra,  em meio a guerras, conflitos religiosos, luta pelo poder, traições, amores e turbulência políticas. Assisti a história completa através de uma adaptação televisiva mas nada substitui a leitura, pois a mesma permite imaginar o cenário e construir o universo mental do enredo”.

       O devotamento à leitura, por parte de algumas pessoas, entre as quais o assíduo frequentador do Café da Marisa, sempre me impressiona, porque se constitui num apanágio daqueles que possuem grau intelectual mais elevado e, de regra, tirocínio e opinião bem formada e fundamentada sobre todos os assuntos. Não existe outro meio de se aperfeiçoar ou de realizar a vocação e os dons de cada um sem o gosto pela leitura. Desde a escola elementar até a cátedra universitária e, a partir dela até o fim da vida, a leitura diária, sistemática e persistente, faz toda a diferença porque é decisiva para a compreensão do nosso destino, capacidade e missão sobre a face da terra. O hábito da leitura, ao contrário da televisão que traz prontas todas as emoções, é decisivo para a formação de pessoas equilibradas, com filosofia pessoal de vida e hábitos permanentes de reflexão.

       A simples leitura, é bem verdade, não traz soluções fáceis a problemas sociais complexos, mas é a base de inspiração que permite com que a nossa vida tenha mais sentido, beleza, encantamento e produza mais frutos. A superação das dificuldades, desânimos, desilusões e resistências disciplinares no âmbito da vida do dia a dia, encontra, na leitura assídua, perfeito suporte para a felicidade.

Pensamento da semana: Homenagens de estilo a Nilo Hermes, amigo dos livros e exemplo para a juventude.