quarta-feira, 21 de maio de 2014

TCHE MENDES: O CAVALO DO XADREZ


Cesar Techio
Advogado - Economista
  
            O juiz formulou idênticas perguntas à testemunha, sobre dois fatos e situações análogas e contemporâneas, envolvendo dois irmãos em linha demarcatória lindeira, recebendo respostas diferentes. Percebendo proposital enleio voltou a perguntar se a testemunha possuía memória seletiva. Diante da resposta positiva e calejado pelas lides forenses, em clima de inevitáveis sorrisos entre os demais operadores do direito, estranhamente o magistrado fixou-me o olhar sem esboçar qualquer reação e passou a conversar com o Promotor. De natureza cordata e sempre bem humorada estranhei aquele olhar sereno e impassível. Por isso, quase tenho certeza que ria por dentro. Volta e meia lembro-me do caso e me assalta a dúvida: ele ria às escâncaras. Todavia, a questão não reside na incongruência da resposta da testemunha, mas na ausência absurda, quase que completa, de capacidade de discernimento, de atenção, reflexão, raciocínio, entendimento e sensibilidade para perceber a extensão de uma proposição e às relações lógicas que formam um argumento. Para treinar a mente e a capacidade de pensar, nada melhor do que o tabuleiro do jogo de Xadrez. O xadrez ajuda na concentração, no autocontrole e a refletir antes de agir. Basicamente é um jogo de estratégias com efeitos comprovados no rendimento escolar.

            Algum treino no xadrez certamente evitaria que a testemunha afirmasse possuir memória seletiva e o risco de ser processada por falso testemunho. Mas, o treino sistemático atila a mente a vislumbrar resultados do próprio jogo muito antes do seu final. Isto vale para todas as relações humanas, políticas e sociais. Arlan Guiliani, o vereador que faz expediente integral na Câmara de Vereadores, é um mestre no jogo do xadrez. Com extraordinária capacidade intelectiva busca em estratégias éticas e produtivas construir uma ação política com resultados voltados exclusivamente ao interesse do povo concordiense. Dentro deste tabuleiro, que elege o interesse público acima do político, apraz-me constatar que outros também pensam assim, como é o caso do vereador Tche Mendes, domador de potros e apresentador de programas nativistas nas Rádios Aliança de Concórdia, Catarinense de Joaçaba e na Rádio Erechim. Falando verdades no estilo curto e grosso do gaúcho em seus programas de rádio, na Câmara de Vereadores tem atuado de forma equilibrada e suas decisões livres, corajosas, soberanas e inteligentes fazem a diferença entre a governabilidade em favor do interesse público e eventual oposição desmedida. Ao votar no segundo ano consecutivo pela reposição e aumento real do funcionalismo público e ao decidir questões de suma importância para a população, Tche Mendes aciona o cavalo que é a peça mais hábil e dinâmica do xadrez. O cavalo se movimenta duas casas para frente ou para trás e em seguida uma casa para a direita ou para a esquerda, ou duas casas para a direita ou para a esquerda e em seguida uma casa para frente ou para trás. O cavalo é a única peça do xadrez que pode pular outras peças e ganhar o jogo. E engana-se quem pensa que Tche Mendes costuma brincar na política. Este jogo ele só reserva para os seus programas de rádio.


Pensamento da semana: O Clube Concordiense de Xadrez completa trinta anos de história e conquistas em Concórdia em exposição de peças raras de propriedade de Arlan Guiliani, no Quiosque central da cidade. Xeque-mate.