Economista – Advogado
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Mentiras, mentiras e mais mentiras sustentam campanhas eleitorais milionárias, recheadas de dinheiro e poder econômico daqueles que querem legislar ou comandar a máquina pública nos municípios a partir de 2013. Um dos maiores sintomas de que os candidatos são estelionatários e mentirosos, são as promessas com invasão de competência e, pior, absolutamente inviáveis de serem cumpridas. Sem muito entender de finanças públicas e com total desprezo à responsabilidade fiscal demonstram que, ao deter tanto poder, certamente continuarão no mesmo clima, voltados à corrupção, falta de ética, fraude em licitações e compras, desvios de verbas e bens públicos, desonestidade e outros crimes de lesa pátria. Como podem candidatos torrar tanto dinheiro numa campanha? Camisas para clubes de futebol, serviços odontológicos, promessas de emprego, cestas básicas, gasolina à vontade, um exército de cabos eleitorais e uma frota de carrões, envolvem uma fortuna que, evidentemente, o salário de quatro anos de mandato não cobre. Então, para que gastar tanto? O que existe por trás destas campanhas que reproduzem a preço de ouro as caras dos candidatos em todo o canto e em todo o lugar?
Estes candidatos, que o eleitor pretende alçar ao comando da vida do povo, é preciso pensar que eles necessitam possuir, além do conhecimento e seriedade, qualidades de caráter, para que depois de eleitos não abusem do poder. É preciso pensar, antes de escolher, que a conduta endinheirada e corrompida revela, de antemão, a face oculta dos futuros ladrões, o lado sórdido dos assaltantes do erário, das causas da corrupção nos negócios públicos e da miséria dos mais miseráveis. É claro que quem mente e corrompe durante a campanha eleitoral vai continuar mentindo e corrompendo depois de eleito. Todo o esforço dos bons candidatos, daqueles comprometidos com os interesses populares, com a construção de uma democracia participativa e séria é para que os eleitores não sejam enganados.
Para isso é necessário que o eleitor saia da infantilidade; deixe de ser membro de massa de manobra e de acreditar em “conversa fiada”. É preciso que evolua e abandone o estágio de quem a tudo se sujeita. É preciso que liquide de vez com os descalabros dos discursos dos candidatos que jamais trabalharam pelas comunidades e rompa com as estratégias mediáticas que induzem ao voto equivocado. Antes de entrar na cabine de votação e repousar na urna o voto, é preciso compreender certas coisas, clarear a mente, deixar a inteligência e o raciocínio funcionar. Enfim, não vote por votar e não aceite voto de cabresto, orientado por conveniências privadas. O candidato eleito por estes grupos será apenas uma marionete nas mãos de poucos. Não aceite nada em troca do voto, nem benesses materiais nem promessas de vida eterna. Enfim, tenha dignidade e vote nos candidatos que realmente tenham condições, capacidade técnica e moral para lhe representar.
Pensamento da semana: Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos repolhos? Mateus 7,16.