quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Água e Esgoto: diagnóstico preocupante.




Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com

           O esforço do vice-prefeito Neuri Santhier em programar planos e sistemas para melhorar ainda mais o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Concórdia, um dos mais elevados do país e, consequentemente a qualidade de vida da população, vem se consolidando através de uma vontade política que destaca sua atuação como um gestor público inteligente e de ponta.  Com “Concórdia 2030” lidera, persistentemente, iniciativas que objetivam trazer à lume a realidade socioeconômica e ambiental do município, com o objetivo de implementar projetos ligados à elevação da qualidade de vida. Neste rumo, a contratação do Plano de Saneamento Básico de Concórdia foi fruto da indicação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (CMDS), capitaneada pelo vice-prefeito, ainda em maio de 2011 e faz parte do plano de desenvolvimento da cidade para os próximos vinte anos.

  O vice-prefeito tem a firme convicção de que os princípios da lei federal nº 11.445 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, devem se constituir em prioridade para que Concórdia permaneça como um dos melhores municípios do Brasil para se viver. Foi com este espírito e com vivo entusiasmo que abriu a II Audiência Pública do Plano Municipal de Saneamento Básico de Concórdia, no Centro de Eventos, com a presença de lideranças, estudantes e do Ministério Público, representado pela digna Promotora de Justiça Dra Roberta Magioli Meirelles.

              Com exposição didática, a empresa contratada pelo Município, a DRZ, de Londrina, discorreu com propriedade sobre os dados coletados do nosso sistema de água, esgoto, resíduos sólidos (lixo) e drenagem pluvial, ofertando um diagnóstico que assombrou os presentes, especialmente no tocante as informações sobre os indicadores operacionais do sistema de distribuição e de abastecimento de água e esgoto. A despesa total com os serviços por m3 faturado (R$/m3), de água e esgoto em Concórdia, é de R$ 3,52, o mais caro do Estado, senão do país. Para se ter uma ideia, o valor de Florianópolis é R$ 1,82; a média do Estado é de R$ 2,64 e a de Joaçaba é de R$ 1,59 (operado por uma autarquia municipal). O índice de perda na distribuição de água em Concórdia é de 61,23%, um absurdo se comparado com Florianópolis (31,44%), Santa Catarina (35,41%) e Joaçaba (32,27%).  Em que pese a CASAN ser modelo para o Brasil, de gestão pública eficiente na prestação de serviços de água e esgoto, com índices acima de outros estados, aqui em Concórdia, com todo o respeito, não vai bem. O sistema de água e esgoto sob sua responsabilidade é gritantemente deficiente e precisa ser melhorado.

              Existe um plano para a implantação de um sistema de saneamento de esgoto cloacal pela CASAN. Todavia, detalhes do projeto e cronograma são desconhecidos pela população.  Pelo menos, elogios foram creditados à Fundema, comandada pelo Superintendente Edson Luis Gonçalves, por conta da implantação do Aterro Sanitário e da reciclagem dos resíduos sólidos urbanos nele instalada. As conclusões foram de que se trata de um sistema de excelência, modelo para todo o Brasil e do qual devemos nos orgulhar.

  Pensamento da semana: “Quando os convido a ser santos, peço que não se conformem em ser de segunda linha, mas que aspirem a um horizonte maior. Não se conformem em ser medíocres”. Papa Bento XVI.