sábado, 26 de setembro de 2015

PAPA DENUNCIA O USO FRAUDULENTO DA ONU PARA LEGITIMAR GUERRAS




O papa Francisco denunciou nesta sexta-feira, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, a manipulação interesseira da Carta das Nações Unidas para imprimir legalidade a guerras que foram, na verdade, planejadas "com intenções espúrias". Segundo Jorge Mario Bergoglio, quando "a norma é confundida com um simples instrumento para ser utilizado quando for favorável e para ser ignorado quando não for" constitui "uma fraude" de consequências imprevisíveis: “Uma ética e um direito baseados na ameaça de destruição mútua —e possivelmente de toda a humanidade— são contraditórios e constituem uma fraude em toda a construção das Nações Unidas, que se tornariam Nações unidas pelo medo e pela desconfiança. "É preciso lutar por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente o Tratado de não proliferação, na letra e no espírito, rumo a uma proibição total desses instrumentos".

Bergoglio disse que os 70 anos de existência das Nações Unidas — especialmente nos últimos 15 anos— demonstram tanto a eficácia das normas internacionais quanto a ineficácia de seu não cumprimento: "Se a Carta das Nações Unidas for respeitada e aplicada com transparência e sinceridade, sem segundas intenções, como um ponto de referência obrigatório de justiça e não como um instrumento para disfarçar intenções espúrias, os resultados de paz são alcançados. Quando, no entanto, a norma é confundida com um simples instrumento para ser utilizado quando for favorável e para ser ignorado quando não for, abre-se uma verdadeira Caixa de Pandora de forças incontroláveis, que prejudicam gravemente as populações indefesas, o ambiente cultural e até mesmo o ambiente biológico”.


O Papa baseou a primeira parte de seu discurso em um apelo em defesa do planeta e dos mais desfavorecidos, muito em linha com sua encíclica Laudato si, e pediu soluções urgentes e distanciadas da retórica. Disse: "O abuso e a destruição do ambiente, ao mesmo tempo, vão acompanhados por um processo de exclusão incontrolável (...) O drama de toda essa situação de exclusão e de desigualdade, com consequências claras, me aproxima de todo o povo cristão e de tantos outros para também tornar-me ciente de minha grande responsabilidade a respeito, por isso levanto minha voz, junto a todos aqueles que anseiam por soluções urgentes e eficazes".

Por isso, o Papa chamou a atenção para um efeito dominó brutal: "Um desejo egoísta e ilimitado de poder e bem-estar material leva ao abuso dos recursos materiais disponíveis e à exclusão dos fracos e com menos habilidades, quer por terem capacidades diferentes (deficientes) ou porque estão privados dos conhecimentos e instrumentos técnicos adequados, ou possuem capacidade insuficiente de decisão política. A exclusão econômica e social é uma total negação da fraternidade humana e uma grave violação dos direitos humanos e do meio ambiente. Os mais pobres são os que sofrem essas violações por três razões graves: são descartados pela sociedade, são ao mesmo tempo obrigados a viver do descarte e devem sofrer injustamente as consequências do abuso do ambiente. Esses fenômenos formam hoje a tão difundida e inconscientemente consolidada cultura do descarte". Fonte El Pais

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

CONSULTORIA INTERNACIONAL CONFIRMA: CONCÓRDIA ESTÁ NO CAMINHO CERTO.


Cesar Techio
Economista – Advogado

 
         Estudos extraídos de conclusões do Congresso Internacional das Cidades Inovadoras ocorrido em 2009 em Curitiba, já apontava estimativas para uma tendência de crescimento de cidades de pequeno e médio porte, como Concórdia, o que despertou na equipe de governo municipal da época, capitaneada pelo vice prefeito Neuri Santhier, a necessidade de implantar um planejamento de longo prazo para o Município de Concórdia. Nasceu aí o projeto “Concórdia 2030” através do qual se buscou colocar o município neste cenário com o compromisso dos gestores públicos de consolidarem uma ação inovadora através de projetos de desenvolvimento econômico e social com qualidade de vida.  Todos os investimentos em infraestrutura, saúde, educação, lazer, geração de renda e emprego, passaram a se centrar nesta visão de governo responsável colocada em prática por Neuri Santhier, cujo mérito reside, justamente na coragem e disposição de penar e trabalhar visando resultados a médio e longo prazo.

            Normalmente gestores públicos buscam realizar serviços e obras de curto prazo, pensando nas eleições. Neuri Santhier e o prefeito João Girardi, ao contrário, buscaram agir de forma republicana, através de um planejamento de longo prazo, no qual o objetivo maior seria a excelência da gestão pública e a efetividade de resultados em favor da população. A capacidade de investimento do Município de Concórdia, acima da maioria das cidades brasileiras, inclusive de países de primeiro mundo, aliada a prudência nos gastos e o respeito ao erário conjugado com o equilíbrio  nas contas publicas, permitiu que o município pague em dia os salários dos servidores, os fornecedores e ainda emita ordens de serviço para a realização de grandes investimentos de infraestrutura.    Este quadro de sucesso, é muito diferente do de outros municípios e Estados que mergulham em dolorosa inadimplência, fruto não só da crise que se abate sobre o Brasil, mas da incúria e incapacidade de políticos que durante as campanhas eleitorais prometem a eleitores ingênuos, “mundos e fundos” e depois, quando assumem o poder mostram o quanto são toscos e incapazes. O setor público, quando é sério e competente, quando tem a frente liderança honesta, operosa, passa a ser indutor de investimentos no setor privado, cujos empresários sentem confiança nos administradores.

            Dentro deste contexto, não foi surpresa a conclusão a que chegou a consultoria internacional McKinsey ao analisar previsões do crescimento dos gastos dos consumidores em 58 categorias de bens de consumo em mais de 5,5 mil cidades brasileiras, sobre o alto potencial de crescimento de Concórdia, apontada como um município gerador de oportunidade para a indústria de bens de consumo. O nosso município, através das políticas publicas adotadas pela atual administração acabou sendo um grande indutor de investimentos do setor privado, o qual sente confiança nos administradores e na forma local de governar. Consequentemente, os objetivos previstos no planejamento “Concórdia 2030”, de aumento da qualidade de vida da população, vai se concretizando a passos largos. Esses méritos ninguém pode tirar do nosso prefeito João Girardi, muito menos de seu vice, Neuri Santhier, este que preside desde 2009 todos os trabalhos de planejamento que nos conduzem com segurança ao futuro.

Pensamento da semana: “Vamos fazer assim, eu te dou um gato e em vez de cuidar da minha vida você cuida das sete vidas do gato.” Anonimo

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PIRATUBA – Um pouco da sua história relacionada com a Companhia Hidromineral - II





Cláudio Victor Rogge

Foi necessário circular a edição anterior que para que eu tomasse conhecimento da realidade que se pretende na Companhia Hidromineral com a abertura de uma  rua atravessando o Parque Termal.

Algumas colocações precisam ser feitas: a Companhia Hidromineral não é de propriedade da Prefeitura Municipal de Piratuba e sim de um grupo de acionistas – mais de 300 – uns com 100, 500, 1.000 ou 10.000 ações e outro, a Prefeitura com mais de 80% do valor do capital social. Ela, portanto, apenas ADMINISTRA, indicando para uma Assembleia Geral Ordinária de acionistas – cuja convocação ocorre em jornais de circulação estadual como se aqui, ninguém devesse saber o que acontece na empresa e do que lá será decidido. Tudo bem ao contrário do que fazem na COPÉRDIA, SICOOB e SICREDI, onde todos os associados são convidados a participar da prestação de contas. Na Companhia Hidromineral, onde somos acionistas fundadores, só entregam convites, com “aviso de recebimento”, quando ocorre distribuição dos tickets de banho a que os acionistas têm direito de acordo com o seu número de ações, e quando precisam de suas assinaturas para subscrever as ações a quem tem direito de preferência, quando ocorrer o aumento do capital social, como aconteceu recentemente.

Inicialmente achei que seria a reabertura de uma rua aberta lá em 1977  a pedido de Hugo Eitelwein, fechada alguns anos mais tarde, pois se revelou desnecessária. Mas, agora fiquei sabendo que a “brilhante ideia” é de uma nova rua, atravessando a Praça, parte de um camping – que já deveria ter sido desativado há muitos anos e aproveitado o terreno para um atrativo mais útil aos turistas - e passando-a também abaixo da Clínica Médica, chegando então à Avenida 18 de Fevereiro. É o que fiquei sabendo, pois não vi o projeto.

Porém, são necessários alguns questionamentos:

1ª – a quem interessa a abertura desta rua?  Não deve ser a Companhia Hidromineral, que tem falta de espaço e não poderia abrir mão de um espaço valioso para uso comum sem que ela tenha proveito algum;

2ª – quem indenizará os gastos com a Praça Adão Willibaldo Stein recentemente construída? Qual o seu valor? Não seria falta de planejamento construir uma praça e logo em seguida destruí-la?

3ª – se a abertura desta rua for de interesse de alguns, caberá a eles INDENIZAREM, após Declaração de Utilidade Pública pela Câmara de Vereadores (que acho difícil acontecer e nem será por unanimidade, pois a população haverá de se mobilizar em contrário) a esta proposta indecente;

4ª – se for de interesse da Prefeitura a abertura desta rua, deverá seguir a lei e indenizar ela a Companhia Hidromineral pelo espaço a ser utilizado, utilizando-se o valor de mercado ou que estiver registrado no patrimônio social, o que não deverá ser uma merreca, pois terrenos de 360 m2 são vendidos a “preço de ouro” na região do Parque Hoteleiro. Não irão querer pagar R$1.000,00 ou R$10.000,00. Pela área a ser utilizada, será algo bem mais valioso. Duvido que ela tenha tanto dinheiro para aplicar, pois em entrevista pública tratando  do asfaltamento da SC 135 o Prefeito afirmou recentemente que não teria R$10.000.000.00 para fazer uma obra de tal porte. E esta rua, certamente terá um valor de avaliação que irá beirar a R$10.000.000,00.

Aí, fico a me perguntar: foi para isso que, lá em 1969 um grupo de vereadores hipotecaram seus bens para que o município de Piratuba ficasse, depois de 5 ou 6 anos de pendengas judiciais proprietário do terreno?

Foi para isso que Piratuba foi transformada em Estância Hidromineral?

Foi para que isso aconteça que foi constituída a Companhia Hidromineral e foi para isso que ela foi municipalizada?

Antes tivesse deixado que aquele grupo de particulares, em 1968 adquiriu o terreno de Erno Müller, entre os quais estavam Raymundo Hoppen, Nilo Fries, Benno Fries (todos já falecidos) e outros que prefiro não mencionar aqui. Certamente que eles tinham bons planos para a sua empresa e não ficariam a mercê da odiosa política que tem campeado em nosso município.



As questões de hoje, envolvendo a “Rua dos Hoteis”

Decorridos agora 38 anos, alguns “iluminado/s” mobilizam-se pela reabertura de uma rua em pleno Parque Termal. Seria cômico, se não fosse trágico.

Duvido que sua reabertura traga alguma espécie de benefício a alguém, além de tornar aquele pequeno espaço, que deveria ser transformado num calçadão, ou num “boulevard”, onde se permita apenas a chegada de ônibus, que descarregam ou carregam hóspedes dos hotéis e os veículos pequenos ficassem abrigados nas garagens já existentes e nada de carros estacionados na rua sob qualquer pretexto. Sua reabertura ao tráfego geral, só trará insegurança para os turistas que costumam por ela caminhar calmamente e as crianças que nela brincam despreocupadamente.

Se o problema se tratar de estacionamento, temos bons exemplos que poderiam ser seguidos, a exemplo do Hotel Kirst que construiu um “edifício garagem” em outro local, resolvendo o problema de seus hóspedes. O Hotel Tirolesa construiu sua garagem em terreno contíguo – Rua Acre. O Hotel Rouxinol, ao fazer suas ampliações ao longo deste período, também se preocupou com suas garagens, o mesmo acontecendo com o Recanto Pousada e o Hotel Schäfer. Isso tudo para me referir apenas aos 5 empreendimentos turísticos existentes naquela rua, pois os demais hotéis de nossa cidade, cada um, ao longo dos anos, foram executando as mudanças que se tornaram necessárias diante do crescimento do turismo.

Com certeza, todos gostariam de “voltar no tempo” e terem adquirido mais terrenos que lhes permitisse ampliações, mas, infelizmente, isso não é possível. Em 1983, quando era Prefeito Pedro Lucyk, tomou-se por medida necessária aprovar-se um Plano Diretor para a cidade. Já era tarde, mas, ainda veio em bom tempo, muito embora, suas alterações, previstas para serem realizadas de tempos em tempos, aqui se tornam problemas insolúveis e ninguém mais sabe se vale o Plano anterior ou aquele que, ainda lá em 2009, um grupo de piratubenses interessados em colaborar com o desenvolvimento da cidade se reuniram em 2 audiências públicas e 8 reuniões – cujos termos de presença comprovaram que poucos vereadores deles participaram e que, posteriormente, ao chegar à Câmara o Projeto de Lei, tudo quisessem modificar, empacando tudo - e desde então se encontra na Câmara de Vereadores para aprovação, constituindo-se num fato inédito, se não em todo o Brasil, pelo menos em Santa Catarina: ficar 6 anos sendo analisado!

Piratuba cresce a olhos vistos, e no meu imaginário, a exemplo de muitas outras cidades, aqui também se criou uma “bolha imobiliária” que vai além das nossas necessidades, pois nossas ruas não suportam mais o trânsito e não temos locais adequados para estacionamento, e a questão maior – dejetos dos ônibus e saneamento básico – são assuntos considerados como tabús.

Caberá uma mobilização pública para resguardar direitos dos acionistas se a medida alguns tentarem fazer prosperar mais uma triste página da história piratubense.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

ARLAN GIULIANI: MAIS UM BOM EXEMPLO PARA O BRASIL


Cesar Techio
Economista – Advogado
                                          cesartechio@gmail.com
           
              A representatividade no Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (CMDS), considerado como um órgão de controle e gestão social cujo objetivo principal é a construção, priorização, adequação e aprimoramento das políticas públicas, têm a participação voluntária de lideranças oriundas de várias instituições e empresas, isto é, sem ônus para os cofres públicos. O resultado é visível, aqui em Concórdia: grandes projetos se tornaram realidade e o município virou um verdadeiro canteiro de obras.  Da mesma forma os delegados do Orçamento Participativo, representam os anseios das comunidades que vivem nos bairros, sem o pagamento de qualquer tostão furado. Já no que diz respeito aos vereadores, a história é outra. O Brasil é um dos poucos, entre os países do mundo, em que os edis são remunerados. Na maioria dos países exercem o mandato de forma voluntária, como um múnus público, um dever para com os demais membros da coletividade, sem qualquer custo para os cofres do município.

              Exceção para este modelo de voluntarismo é o justo pagamento de subsídios somente para vereadores que exercem o mandato em período integral, como é o caso, por exemplo, do vereador Arlan Giuliani. Assim, todos os vereadores que se dedicam à vereança em período integral devem receber subsídios compatíveis e integrais. Os demais, conforme o tempo de expediente, em valores módicos ou simbólicos. Trata-se de tema que deveria ser apresentado como projeto de lei à judiciosa apreciação e aprovação dos nossos vereadores, para vigência a partir de 2017, mesmo porque, a simples renuncia de proventos de forma individual me parece, salvo melhor juízo, uma prática fisiológica, sem poder para mudanças estruturais necessárias e urgentes no campo da representação política.

              A dedicação exclusiva e em tempo integral às atividades camaristas tem base em ideais centrados em interesses públicos. É uma opção idealista que caracteriza e disciplina um pensamento e uma ação política séria. Trata-se de um novo estilo de trabalho em favor do povo que se sustenta sobre uma ideia de respeito, de amor pelas pessoas e, principalmente, de disponibilidade. Com efeito, Arlan Giuliani pode ser permanentemente encontrado em suas atividades de representação popular na Câmara ou em contato com as pessoas e instituições, levando à aprovação de seus pares projetos de alta relevância social. Este notável exemplo é incomum, raro e digno de crédito como modelo que precisa ser implantado aqui em Concórdia e no resto do Brasil. Ao nos indagar sobre a representação legislativa que precisamos ter, é preciso pensar e mostrar ao país que em Concórdia temos um vereador de período integral, cujos ideais representam um salto qualitativo para uma representação plena, mais próxima dos anseios da população. Arlan Giuliani é exemplo para país, na medida em que nos mostra, de forma escancarada, para quem quiser ver e ouvir, como se vivencia novas e efetivas práticas de representação popular.



Pensamento da semana: Participem da 2ª MEIA MARATONA DE CONCÓRDIA – CAMINHADA 5 KM E 1º REVEZAMENTO MISTO a ser disputada nos naipes masculino e feminino e categoria especial destinada à pessoas portadoras de necessidades especiais no domingo,  20 DE SETEMBRO DE 2015, com início as 16hs na Rua Coberta – Praça Dogelo Goss. O convite é do Superintendente da FMEC, VILMAR ANTONIO BENTZ

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A VIDA DE CABELOS BRANCOS - EXPOSIÇÃO DE GLAUCIA FERASO




A propósito da exposição "A vida de Cabelos Brancos" no Memorial Atilio Fontana, da professora de artes do IFC Concórdia e artista plástica Glaucia Feraso...

Quem será essa pessoa aí atrás deste espelho?  Pergunto-me sempre depois que tomo um bom vinho e constato naquela figura, uns cabelos teimando em empalidecer.
Kkkk
Abraço e obrigado Gláucia Feraso, pela oportunidade de mais esta introspecção que ora me faz chorar ora me deixa estupefato, meio tonto. Deve ser o vinho, sempre penso. Hoje desconfio que não.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

GIRARDI E COLOMBO: EXEMPLOS PARA O BRASIL.


Cesar Techio
Economista – Advogado

            
             Enquanto outros Estados mergulham na crise econômica e política, o governador Raimundo Colombo comanda Santa Catarina com serenidade e otimismo, implementando políticas públicas de primeira linha. Por exemplo, diferentemente do Rio Grande do Sul que amarga a maior derrocada da história no setor público, o nosso governador determinou a antecipação do 13º ao funcionalismo público. Na inauguração do Contorno Norte, para uma plateia seleta, na qual se encontravam os maiores empresários de Concórdia, ele ministrou uma aula magna. Durante mais de trinta minutos falou com o coração, afirmando, para a surpresa dos presentes, que é preciso mudar por dentro: “se mudarmos por dentro, se mudarmos a nossa forma de viver e de ver as coisas, também podemos mudar o Brasil: Isso aconteceu com São Francisco, que mudou por dentro e mudou a Igreja”. Relatou que numa reunião de governadores foi proposto aumentar o ICMs dos Estados e que foi firmemente contra: “aqui nós estimulamos e criamos mecanismos de incentivo fiscal e não podemos penalizar mais os cidadãos.” Um dos segredos para o êxito administrativo do governador, que permitiu transformar o Estado de Santa Catarina em exemplo para o Brasil, foi a decisão de implantar o sistema de fluxo de caixa que permite ao gestor somente liberar recursos que existem em caixa: “Não gastamos um tostão a mais do que o que a gente tem.”

             Ouvindo atentamente o governador, percebi que os concordienses, todos nós, tivemos sorte em dobro, por elegermos Raimundo Colombo, governador e João Girardi, prefeito, ambos referências para o Brasil no enfrentamento à crise, na medida em que tanto o Estado de Santa Catarina como o Município de Concórdia seguem em alta performance no desempenho administrativo, intensificando a prestação de serviços públicos à população e inaugurando grandes obras em ritmo galopante.

             Mas, o que mais surpreende nestes dois grandes líderes, é a qualificação moral aliada à capacidade, habilidade, inteligência, preparo e sensibilidade humana para a tomada de decisões administrativas. Em meio ao mar de corrupção que assola o Brasil, me parece surreal, senão muita sorte mesmo, termos transferido o poder popular para as mãos de duas pessoas sábias, que sabem o que estão fazendo e com competência. Se os brasileiros tivessem políticos com o perfil do nosso governador e do nosso prefeito, certamente o Brasil atingiria a excelência catarinense e concordiense na gestão pública.
            
     Pensamento da semana: Receber refugiados da guerra e do terror, como os sírios, é uma obrigação humanitária e moral do Brasil. Quantas famílias e suas crianças podemos salvar, recebendo  aqui em Concórdia?