segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Edson Gonçalves, orgulho para os concordienses.



 Cesar Techio
Economista – Advogado

  
       Suporte para inclusão social e dignidade aos catadores de lixo de Concórdia através de convênio entre a Fundema, o Ministério do Trabalho e a Secretaria de Economia Solidária foi a feliz iniciativa de Edson Gonçalves, assessor especial do ministro do trabalho, emprego e renda, Manoel Dias que permitiu a aquisição de um caminhão para a Associação de Catadores Bentevi. Neste norte, um barracão será construído por iniciativa do Prefeito João Girardi e a atividade de reciclagem, que, além de proteger o meio ambiente viabiliza economicamente a sobrevivência de muitas famílias poderá agregar muito mais valor beneficiando diretamente quem faz o trabalho pesado de coleta. A importância da cooperativa Bentevi para a inclusão social através do trabalho de catar e reciclar lixo é algo que deve ser festejado. Tive o privilégio de fazer especialização em nível de pós-graduação em cooperativismo na Unisinos e aprendi que a forma de trabalho em grupo através de cooperativas de trabalho valorizam princípios democráticos, firmam a participação do espírito de cidadania, de autonomia e do sentimento de fazer parte da sociedade.

         De forma que é gratificante constatar que Edson Gonçalves, assim como o atual Superintendente da  Fundema Levi Dos Santos e o chefe do departamento Administrativo Edno Gonçalves, além de buscarem envidar esforços na conscientização popular sobre temas relevantes, como mudanças climáticas, educação ambiental, sustentabilidade e biodiversidade, inclusive através de eventos anuais intitulados “Concórdia Ambiental”, agora passam a valorizar de forma mais sistemática projetos em favor do meio ambiente através do cooperativismo como meio organizacional de sustentação e de viabilidade econômica para a população de baixa renda.  Sozinhos os catadores de lixo são fracos, isolados e ficam à mercê do preço que atravessadores lhes impõem. São como uma vara fina, fácil de quebrar. Mas, unidos se tornam fortes. A questão mais relevante que se impõe é que, através do cooperativismo de trabalho, cada um dos cooperados passa da condição de subjugado e sujeitado economicamente para um estado de emancipação, de liberdade e de independência, passando a ser sujeito de sua vontade e caminho, da sua própria vida.

         Auguro que o tema cooperativismo ecológico seja abordado no evento “Concórdia Ambiental” com palestrantes de renome nacional, uma vez que o progresso social da cooperação e do auxílio mútuo realmente tem o poder para mudar a vida de todos os que se encontram isolados, em situação desvantajosa de competição. Pela soma de esforços é possível garantir a sobrevivência do cooperado e de sua família, além do que, como fato econômico o cooperativismo faz o milagre de agregar valores, diminuir custos e distribuir sobras líquidas trazendo dignidade e progresso. Enfim, convém anotar que, de boa casta, Edson Gonçalves vem de linhagem real. Seu pai Genésio (de saudosa memória) e sua mãe Ercilda (ex Secretaria de Ação Social) se mostraram baluartes de caráter, de luta por nossa gente e de amor pela nossa terra. Talvez seja por isso que a opção do filho, que tem pedigree e não foi criado por pais ricos, se incline por projetos que atendem diretamente a população trabalhadora e mais pobre do nosso município e do Brasil.

Pensamento da semana: “Deve ser o nosso jeito de sobreviver – não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem.” Lya Luft