quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

DESTRUIÇÃO DE ISRAEL

Cesar Techio - Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com

O mundo segue rápido e inexoravelmente para mais um confronto entre nações, desta vez por conta e risco das afirmações do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, que convocou, no início desta semana, nada mais nada menos do que Deus para ajudar o Irã a destruir Israel: "Com a vontade de Deus, a destruição de Israel será iminente”. É impressionante como vários países abrigam idéias, organizações e projetos terroristas, sempre invocando o nome de Deus, como justificativa para o derramamento do sangue de inocentes. O modelo de governo destes países é subordinado a esquemas totalitários que repudiam valores inalienáveis adotados pela ONU, esculpidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e aceitos por todos os países civilizados. As autoridades destes países são contumazes inversoras de valores. Mutiladoras da felicidade do povo não reconhecem a dignidade da pessoa humana. Desprezam valores fundamentais que dizem respeito à liberdade, justiça, paz, privacidade, intimidade, direito à vida e às opções personalíssimas.

Mas, o que mais ultraja a consciência da humanidade, além das ameaças de morte, guerra e destruição em massa propostas descaradamente por estes espíritos belicosos, tiranos, opressores, inamistosos e ateus, é a utilização do nome de Deus para provocar barbaridades e atemorizar as nações e as pessoas de bem. Infelizmente, no geral, faz parte da insanidade de políticos invocarem o nome de Deus para justificar o injustificável. Aliás, também não foi assim com o grupelho de corruptos brasilienses, flagrados agradecendo a Deus pelo dinheiro de suborno? A verdade é que, se os líderes mundiais e os nossos políticos, além de lerem os livros sagrados, buscassem não só falar, mas viver o que neles está escrito haveria menos dor, mesquinharia e desgraça na história da humanidade.

Esta vivência tem a ver com testemunho diário, conversão profunda e fidelidade a regras básicas, como “não roubarás”, “não matarás”, “não dirás falso testemunho contra seu irmão” e, especialmente: “não usará o santo nome de Deus em vão...”. Ler e viver na práxis estas regras implica em desdobrá-las na caridade, compaixão e amor pelos semelhantes, não só durante as campanhas eleitorais, mas após, na condição de vereador, deputado, senador, prefeito, presidente. Dentro do nosso sistema democrático, de eleições livres, consinta então o eleitor, que é preciso eleger cristãos autênticos para os mais diversos cargos, a fim de que, após eleitos, se movam sob a perspectiva cristã de amor ao próximo, tendo a dignidade humana como ápice e centro de suas ações políticas e públicas. Subordinando a política a princípios éticos, morais e principalmente cristãos, o nome de Deus jamais será pronunciado em vão pelos líderes eleitos, porquanto incapazes de trair a sua fé e a confiança do povo que lhes alçou ao poder. Neste contexto é necessário considerar (que se diga aos sectários da incredulidade e aos implacáveis negativistas que desdenham da fé do povo) que, para o verdadeiro cristão Deus está “no vértice de toda a escala de valores” (Jacques Maritain).

Frase da semana: “Os iranianos vão dar um soco em suas bocas” (manifestação truculenta e hostil do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei contra os protestos em massa da oposição do 11/02/2010, em Teerã. Fonte: Folha de São Paulo).