Renato Maurício
Basso.
Só com o cabo da espada, mas na luta.
Os militares estão sem apoio estrangeiro para pôr em prática um bom plano de tomada de poder. Não acredito que a maioria dentre oficiais preparados tenha condições de se rebelar contra os assaltantes vermelhos, tirar caças dos hangares, encouraçados de portos e tanques das garagens. Acho que a chefa das forças armadas não fornece nem munição ou combustível para mosquetões e jeepinhos.
Sem dinheiro para aparelhar uma revolta, teriam que pedir ajuda externa, mas a quem? Aos vizinhos latinos é que não porque estão comungados. Aos Estados Unidos? Até que poderiam fazê-lo, mas posso vislumbrar a resposta dos ianques: “We dont can, estamos agora ocupados com terroristas muçulmanos e com o estado islâmico.
Comunismo
já era, não há mais sovietes unidos e Rússia e China são bons parceiros
comerciais, estão se entregando às benesses do capitalismo. Coréia do Norte?
Aquele
menino maluquinho não nos põe medo. A América Latina socializada, ou melhor,
desmantelada, nos interessa, temos planos para ela também. Aqueles tempos em
que a CIA articulava golpes pra derrubar comunistas e os nossos presidentes
declaravam guerra para matá-los, já passaram e não voltam mais. Nossas
experiências não foram muito boas no Vietnam e na Coréia. Cuba, então, foi uma
palhaçada. Tínhamos medo que o efeito dominó da expansão comunista após a
segunda guerra mundial chegasse ao nosso território e fomos em dispendiosas
cruzadas combater guerrilhas do outro lado do mundo. Um desastre! Só prejuízo e
muito incômodo pra nada. Os insuflados comunistas perceberam que estavam
morrendo com seu próprio veneno e recuaram. Hoje são bons parceiros comerciais.
Nosso
foco agora é outro”.
Então os esteites não tem o mínimo interesse em ajudar os militares como fizeram em 1964, só se fosse pra encampar a Amazônia, mas aí a conversa e outra. Golpe militar descartado!
Tem plano B nesse jogo? Com armas em punho não, porque o povo está desarmado e os que estão armados, os mafiosos, traficantes, estão em conchavo sorrateiro com o Estado, fazendo acordos para se acalmarem durante as olimpíadas; só apresentam suas armas contra a população indefesa, isso pode. Já tem bandido demais no planalto, a concorrência é grande, cada larápio no seu galho.
Povo e militares sem armas, sem patrocínio? Então vamos ao plano C, na esperança, na união do povo e das forças armadas, da polícia em geral, do Ministério Público, clubes de serviço, em redes sociais, todos num mesmo propósito, com patriotismo, determinação e coragem, sem medo de gás lacrimogênio ou cacetadas porque militares, policiais, são povo e não irão atacar seus iguais para defender mafiosos eleitos ou não.
Povo na rua! A culpa é sua.