quinta-feira, 10 de maio de 2012

O POLÍCIAL MILITAR QUE QUEREMOS


                                                         Curitiba - PR
Cesar Techio - Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com



A violência toma proporções inimagináveis diante da complexidade do ser humano, principalmente em decorrência da ausência de amor e respeito a partir do berço. Se a mãe de Hitler o tivesse amado, o mundo seria bem diferente. A criança que é rejeitada também rejeita e se revolta. Amor, estudo e trabalho são valores fundamentais para a formação da juventude e a superação da intolerância, do ódio e conseqüentemente da violência física, psicológica e emocional que assola nosso país. Dentro desta trilogia, chamou atenção, nas comemorações do aniversário da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, a contratação de jovens, pelo período de dois anos, para a realização de serviços burocráticos inseridos dentro das atividades do 20° Batalhão da PM de Concórdia. Novos soldados foram apresentados e todos portando diploma de curso superior, por exigência do concurso que os inseriu, após longo treinamento e estudos, no serviço público.

 A sociedade em que vivemos é a mesma em que vivem os policiais militares. A análise social desta realidade certamente contribuiu para um aperfeiçoamento nas linhas de ação que culminou em exigências mais apuradas na qualidade de formação dos novos soldados e na abertura das portas para a juventude. Com efeito, o policial militar que queremos é o capaz de atos adequados, justos, conscientes e primorosos no seu mister. Não basta ser destemido, rápido, corajoso e decidido. É preciso ser equilibrado e inteligente. Encarregado de manter a ordem pública há de vivenciar uma metodologia de trabalho voltada, fundamentalmente, à pacificação social. Somente o estudo e o preparo voltado a uma capacidade de reflexão e entendimento do alcance e profundidade dos direitos fundamentais e valores humanos pode construir o novo militar que desejamos e precisamos.

Protegendo patrimônios e vidas humanas, o policial militar, mais do que qualquer um, está permanentemente exposto aos graves riscos da violência, não podendo se alijar do enfrentamento quando necessário e de decisões complexas, as quais, mesmo sem qualquer intenção, podem lhe causar comprometimento funcional, dado o rigor da disciplina e exigências da instituição. Devido a estes aspectos, por admiração e gratidão pessoal e social, me inclino, sempre, à defesa dos policiais militares e da instituição. Ainda por isso, mantenho com indisfarçável orgulho sob a minha mesa de trabalho, um significativo troféu, a par de diploma encravado numa das paredes do escritório e em cara memória, que me conferem o honroso título de “Amigo da Polícia Militar”.

Não por nada que, ao apadrinhar, na entrega de honrarias militares, os soldados Ivan Bourghardt e o 2° Sargento Joelson de Souza Reis, estes entre outros valorosos militares homenageados no 177° aniversário da Polícia Militar, a emoção de presenciar o que temos de melhor nesta cidade de Concórdia: Uma Polícia Militar exemplar. Isso muito se deve, sem dúvida, ao excelente comando de verdadeiros líderes que por aqui passaram como o do admirável Coronel Paulo Henrique Hemm e o do competente e correto Tenente Coronel Reinaldo Boldori (entre outros). Enfim, do discurso do novo Comandante, Tenente-Coronel Gilvanildo Ferreira de Arruda Filho, a constatação do espírito de família que une o 20° Batalhão da Polícia Militar e a convergência para um só ideal: ser exemplo de responsabilidade e de cumprimento rigoroso do dever.

Pensamento da Semana: “Na grandeza do nosso passado. Na bravura que o tempo guardou. Nossa Farda é um atestado, que o heroísmo já glorificou. A defesa da Lei e dos lares, essa Farda nos faz garantir. Os deveres são nossos altares, destinados ao crime banir.” Hino da PM catarinense.