Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com.br
Segundo a Organização Mundial de Comércio, OMC, as exportações brasileiras em
2011 foram de US$ 256.039 (milhões de dólares – FOB); valor que correspondeu a
apenas 1,44% do valor total exportado pelos países do mundo, que foi de US$
17.778.182 (milhões de dólares – preços correntes – FOB). Por outro lado,
as importações foram de US$ 236.870 (milhões de dólares – Preços Correntes CIF)
ou 1,29% do volume mundial que foi de US$ 18.381.000 (milhões de dólares –
Preços Correntes CIF). No ranking mundial o Brasil ocupou o 25º lugar entre os
países que mais exportaram, abaixo da China com 10,68%; Estados Unidos 8,33;
Alemanha 8,29, entre outros. Conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI), em
2011 o mundo apresentou um PIB global de 69,659 trilhões de dólares, sendo que
deste total, 25,2% era da União Europeia, 21,6% dos Estados Unidos, 10,8% da
China, 8,6% do Japão e 3,6% do Brasil. Ainda conforme o FMI, em um ranking que
mede o ritmo de crescimento do PIB (produto interno bruto) dos países, o Brasil
cresceu somente 0,9% em 2012, o que fez com que despencasse da 103ª posição em
2011, para o 128º.
Estes dados são importantes para percebermos qual o verdadeiro
peso do Brasil no cenário internacional, uma vez que mostram a dura realidade
de uma pífia participação no mundo, de tal forma que soa inverossímil a ideia
de que os Estados Unidos tivessem um especial interesse em espionar
comercialmente o Brasil. Ocorre que qualquer interessado em obter informações
sobre os dados da economia brasileira, em todos os níveis, pode obtê-los
diretamente nos bancos de dados de órgãos de pesquisa disponíveis na internet.
Informações a nível mundial podem ser acessadas nos endereços, OMC http://www.wto.org/, ONU www.onu.org.br, FMI http://www.imf.org/ e
nacionais, IBGE www.ibge.gov.br, FIPE www.fipe.org.br, EMBRAPA www.embrapa.br, IPEA www.inpe.gov.br, IPT www.ipt.br, PETROBRAS www.petrobras.com.br/, Portal Brasil http://www.brasil.gov.br/ e
em todos os demais portais de pesquisa das universidades, estados e municípios
brasileiros, tudo isso sem falar no Facebok, Google, entre outros.
Obviamente
não podemos descurar do que afirmou o embaixador americano Thomas Shannon, à
Revista Veja, edição 2338 de 11/09/2013, de que quando escolhemos uma forma de
conectividade como a da internet para nos comunicar, ou adotamos um meio tão
importante e simples como um GPS, instrumento de localização geográfica,
“estamos entregando a empresas, a organizações e a governos de diversos países
um aspecto da nossa privacidade”. Por outro lado é patente que o terrorismo
cibernético tornou-se a maior ameaça ao mundo civilizado, atingido governos,
empresas e pessoas, passando, o controle de internet a ser uma prioridade para
quem tem condições, poder e obrigação de proteger os direitos fundamentais das
pessoas.
De forma que me parece
justificável que países que possuem firme compromisso com o estado democrático
de direito, busquem o controle do tráfego de comunicações e de dados com o
exclusivo objetivo de eliminar o terrorismo, todas as formas de tráfico
internacional e ataques de ditadores, tiranos e do fundamentalismo que colocam
em risco a paz e a segurança mundial.
Pensamento da semana: Todos os homens podem
cair num erro, mas só os idiotas perseveram nele. Cícero