sexta-feira, 2 de outubro de 2015

TCHÊ MENDES: ANTES DE DEMOLIR A RUA COBERTA TERÃO QUE PASSAR SOBRE O MEU CADÁVER.







Cesar Techio
Economista – Advogado
 Jamais, em toda a história, se constatou tão intensa utilização de uma novel obra pública pela comunidade (chova ou faça sol), do que a Rua Coberta. A agenda lotada para atividades  sob a proteção desta magnifica estrutura, dá conta de sua enorme utilidade e da efetividade do interesse público, o qual, “data máxima vênia”, prepondera sobre quaisquer argumentos contra a sua existência, como por exemplo, o de que impede a visão da fachada do prédio da Câmara de Vereadores tombado como patrimônio histórico. Com efeito, qualquer cidadão que por ali transite, facilmente pode constatar que a Rua Coberta valorizou o prédio da Câmara de Vereadores, ou seja, na prática inexiste qualquer prejuízo aos objetivos de preservação histórica e de visual.

 Aliás, convenhamos, o prédio da Câmara não possui qualquer valor arquitetônico que justifique seu tombamento. Trata-se de simples cópia do antigo projeto da prefeitura do município de Caçador – SC, um caixotão patético com janelões de dá dó e cubículos internos apertados, sem muita iluminação. Talvez por isso, o valoroso presidente da Câmara de Vereadores, Mauro Mendes, tenha afirmado que: “Antes de demolir a Rua Coberta, terão que passar sobre o meu cadáver”. Ora, que se encaminhe logo um projeto de lei para destombar o que foi tombado por erro de avaliação. É o que manda a prevalência do interesse público e o mínimo de sensatez. O máximo seria demolir e construir uma nova Câmara de Vereadores, mais digna e moderna.

 O caso de resistência e inconformismo de algumas pessoas contra a existência da magnifica Rua Coberta, não é isolado. Vejamos uma lista de grandes obras concluídas ou em andamento que enfrentaram ou enfrentam resistências de diversas naturezas, para a estranheza da maioria da população que por elas é favorecida: 1 – Projeto do Trânsito, com alteração da circulação veicular no centro da cidade que inviabilizava a mobilidade urbana; 2 – Corte e substituição das árvores da praça que estavam caindo de podres; 3 – Construção da Barragem de Contenção de Cheias para evitar ou minimizar a destruição do centro da cidade por enchentes do Rio dos Queimados; 4 – Construção do Centro Cultural, ao lado da Praça Dogello Goss, para abrigar a Biblioteca Pública, o Museu e diversas atividades culturais; 5 – Construção da UPA – Unidade de Pronto Atendimento para atender a população na área de saúde, 24 horas por dia; 6 - Rua Coberta (já mencionada acima); 7 - Duplicação da Rua Senador Atílio Fontana em direção ao Bairro Santa Cruz, saída para Chapecó.

  Bem... Esta última é simplesmente incrível. Todos os transportadores, motoristas e empresas ligadas ao transporte, além da população concordiense, sabe que é necessário ligar as vias urbanas, a partir da BRF, com o novo traçado do Contorno Norte, duplicando as pistas para desviar o trânsito pesado do centro da cidade. A ordem de serviço já foi dada pelo operoso prefeito João Girardi e pelo seu vice Neuri Santhier e estão em andamento. Não obstante, a gritaria de sempre contra a realização de obras extremamente importantes e úteis para o povo novamente se fazem ouvir.  Sinceramente? “É de acabar com o cheque do leite”!  As obras falam de quem as fazem. Será este o motivo de tanto barulho? Fica aqui a lição de um velho amigo: Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? Assim, toda boa árvore produz bons frutos e toda árvore má produz maus frutos (...). Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Jesus).


Pensamento da semana: Ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto. Parabéns Mauro Mendes