Cesar Techio
Economista – Advogado
Jamais,
em toda a história, se constatou tão intensa utilização de uma novel obra
pública pela comunidade (chova ou faça sol), do que a Rua Coberta. A agenda
lotada para atividades sob a proteção desta magnifica estrutura, dá conta
de sua enorme utilidade e da efetividade do interesse público, o qual, “data
máxima vênia”, prepondera sobre quaisquer argumentos contra a sua existência,
como por exemplo, o de que impede a visão da fachada do prédio da Câmara de
Vereadores tombado como patrimônio histórico. Com efeito, qualquer cidadão que
por ali transite, facilmente pode constatar que a Rua Coberta valorizou o
prédio da Câmara de Vereadores, ou seja, na prática inexiste qualquer prejuízo
aos objetivos de preservação histórica e de visual.
Aliás,
convenhamos, o prédio da Câmara não possui qualquer valor arquitetônico que
justifique seu tombamento. Trata-se de simples cópia do antigo projeto da
prefeitura do município de Caçador – SC, um caixotão patético com janelões de
dá dó e cubículos internos apertados, sem muita iluminação. Talvez por isso, o
valoroso presidente da Câmara de Vereadores, Mauro Mendes, tenha afirmado que:
“Antes de demolir a Rua Coberta, terão que passar sobre o meu cadáver”. Ora,
que se encaminhe logo um projeto de lei para destombar o que foi tombado por
erro de avaliação. É o que manda a prevalência do interesse público e o mínimo
de sensatez. O máximo seria demolir e construir uma nova Câmara de Vereadores, mais
digna e moderna.
O
caso de resistência e inconformismo de algumas pessoas contra a existência da
magnifica Rua Coberta, não é isolado. Vejamos uma lista de grandes obras
concluídas ou em andamento que enfrentaram ou enfrentam resistências de diversas
naturezas, para a estranheza da maioria da população que por elas é favorecida:
1 – Projeto do Trânsito, com
alteração da circulação veicular no centro da cidade que inviabilizava a
mobilidade urbana; 2 – Corte e substituição das árvores da praça que
estavam caindo de podres; 3 – Construção da Barragem de
Contenção de Cheias para evitar ou minimizar a destruição do centro da cidade
por enchentes do Rio dos Queimados; 4 – Construção do Centro Cultural,
ao lado da Praça Dogello Goss, para abrigar a Biblioteca Pública, o Museu e
diversas atividades culturais; 5 – Construção da UPA – Unidade de
Pronto Atendimento para atender a população na área de saúde, 24 horas por dia;
6 - Rua Coberta (já mencionada
acima); 7 - Duplicação da Rua Senador Atílio Fontana em
direção ao Bairro Santa Cruz, saída para Chapecó.
Bem... Esta última é
simplesmente incrível. Todos os transportadores, motoristas e empresas ligadas
ao transporte, além da população concordiense, sabe que é necessário ligar as vias
urbanas, a partir da BRF, com o novo traçado do Contorno Norte, duplicando as
pistas para desviar o trânsito pesado do centro da cidade. A ordem de serviço
já foi dada pelo operoso prefeito João Girardi e pelo seu vice Neuri Santhier e
estão em andamento. Não obstante, a gritaria de sempre contra a realização de
obras extremamente importantes e úteis para o povo novamente se fazem
ouvir. Sinceramente? “É de acabar com o cheque do leite”! As
obras falam de quem as fazem. Será este o motivo de tanto barulho? Fica
aqui a lição de um velho amigo: Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou
figos de urtigas? Assim, toda boa árvore produz bons frutos e toda árvore má
produz maus frutos (...). Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”
(Jesus).
Pensamento da semana: Ninguém atira pedra em árvore
que não dá fruto. Parabéns Mauro Mendes