quarta-feira, 8 de julho de 2009

GRIPE SUÍNA: A DOENÇA SE ALASTRA.

GRIPE SUÍNA: A DOENÇA SE ALASTRA.

Cesar Techio - Economista – Advogado

cesartechio@gmail.com


É questão de dias para que o vírus Influenza A (H1N1) se espalhe por todas as cidades do Rio Grande do Sul. Naquele Estado medidas drásticas estão sendo tomadas devido à proximidade com a Argentina. O Paraguai decretou estado de emergência e tornará lei as medidas de prevenção já adotadas. Há necessidade de que as autoridades municipais avaliem com urgência e corretamente os diferentes graus de letalidade do vírus em crianças, adultos e idosos, assim como a capacidade de suas unidades de saúde responder com velocidade adequada ao tratamento exigido nos casos de infecção. Essa avaliação determinará a conveniência ou não da adoção de medidas sérias, entre as quais a proibição de aglomerados humanos de qualquer natureza, a suspensão de aulas em todos os colégios públicos e privados, cultos, missas, cinemas, interrupção de atividades em quadras de esportes, espetáculos, parques de diversão, bailes e festas. Atendimento ao público, em geral, não poderia ocorrer sem a utilização de máscaras de proteção. Profissionais de saúde, quando em atividade nos postos de saúde, hospitais e pronto-socorros deveriam utilizar respiradores capazes de reter o vírus. As empresas deveriam adquirir máscaras, obrigando seus funcionários a usá-las para proteção pessoal e para evitar que a doença se alastre com prejuízos à própria atividade econômica. È muito mais barato comprar máscaras respiratórias do que arcar com prejuízos pelo afastamento de funcionários para tratamento. É importante que a população continue se vacinando contra a gripe comum como forma de evitar complicações, entre as quais a baixa imunidade no caso de novo contágio com o vírus da gripe “A”. Estas iniciativas poderão evitar a doença, a qual poderá ser controlada futuramente através de vacina ainda em fase de teste.

Não se devem confundir máscaras cirúrgicas utilizadas por enfermeiras e médicos em procedimentos hospitalares, com máscaras respiratórias, uma vez que aquelas não filtram ou retém o vírus da gripe. Somente respiradores são aptos para esse fim. Cada respirador pode ser adquirido em grande quantidade ao custo médio de R$ 5,00 (cinco reais). No Brasil, o respirador para proteção contra agentes biológicos deve possuir Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho, possuir no mínimo classificação PFF-2, além do registro no Ministério da Saúde/ANVISA. A pandemia pode ser acompanhada em tempo real pela internet, através do Google Maps (http://maps.google.com/?hl=pt-BR). Neste endereço, ao inserir a palavra “Influenza A H1N1”, serão encontradas informações importantes, inclusive através de um vídeo do “you tube” no qual alta autoridade de saúde da área de infectologia orienta as pessoas, como singela medida de proteção, para que, por enquanto, não visitem seus amigos. A questão que se impõe é no sentido de mudarmos nossos hábitos evitando contagiar os outros. A ocasião é pedagógica e nos obriga a respeitar nossos semelhantes, pois não é aceitável expirar, bafejar ou tossir em ambientes pouco ventilados. Finalmente, com base em decisões similares, guardada as devidas proporções e, diante de ponderada análise da necessidade de controle efetivo da doença, o Ministério Público poderá adotar iniciativas que imponha às autoridades de saúde, eventualmente relapsas, a adoção de medidas adequadas para proteger a população. Recomendação: “É necessário obtermos informações para sabermos o que estamos enfrentando. A situação é controlável se seguirmos as orientações básicas e colaborarmos, na medida em que somos parte da solução”. (Dr. Martin Hernández Torre. Diretor da Escola de Biotecnologia e Saúde. Especialista em Medicina Crítica e Pneumologia na Cidade do México).