quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A ARTE DE GOVERNAR


Cesar Techio
Economista – Advogado
                
Valdir Cesco e Techio na Comunidade Ipiranga
       Pela manhã, cedinho, recebi uma das costumeiras mensagens via celular, enviada pelo nobre colega de advocacia Dr. Rodolpho Pedde: “A política é a arte de projetar o futuro” (Domenico Di Masi). Achei inusitada a mensagem porque, de regra, as que ele envia são sempre de natureza religiosa. Mas, foi oportuna. É provável que o cientista italiano tenha mesmo razão. Conclui que, se a política é uma “arte”, então por exclusão não pode ser uma ciência aplicada e, consequentemente, não pode ser ensinada como uma disciplina técnica é ministrada em colégios ou em universidades. A idéia básica que permeia o conceito de “arte política” é de que a ação governamental, ao invés de se submeter às ciências, tem raiz no conhecimento prático de explorar todas as possibilidades existentes, de como improvisar e realizar o máximo, de como modificar para positivos todos os fatos negativos; tudo com base na destreza em perceber com facilidade as necessidades e soluções, no carisma pessoal e na visão aguçada de como fazer o governo andar, deslanchar, apresentar resultados.

   O que interessa para a “arte da política” é o confronto direto dos problemas práticos e específicos e a capacidade para superá-los. Mas, sem conhecimento acadêmico, como abordar de forma precisa e correta cada situação? Como conhecer a lógica interna de cada problema? Como confrontar os problemas práticos sem conhecer soluções técnicas e científicas sobre desenvolvimento, saúde, meio ambiente, sociologia, urbanismo, direito, economia, finanças públicas e outras matérias necessárias ao bem administrar, absolutamente imprescindíveis às mais eficazes decisões e a resultados de grandes impactos à maior parte da população? 

  Pensando nisso me dirigi para mais um ato solene de “Ordem de Serviço” da atual administração pública do município de Concórdia, interessado em descobrir como exatamente funciona, nas entranhas do poder, a “política da arte de projetar o futuro” de que fala Domenico Di Masi. O que constatei foi que, em apenas quatorze dias úteis de segundo mandato, em eventos sucessivos, foram assinadas ordens de serviços no valor de mais de dois milhões e seiscentos e seis mil reais, dinheiro provisionado, empenhado, em caixa. São obras relevantes para a comunidade, como por exemplo, a Praça de Alimentação do Parque de Exposições com área de 900 m²; a pavimentação nas ruas Fioravante Massolini, Nelson Arend, João kugelmeier, Pássaros, Cardeais e Vitória, além de investimentos em iluminação pública, uma vez que a Celesc não presta mais estes serviços.

   Este contexto de competência, trabalho intenso e responsabilidade fiscal, contrasta com a realidade de muitos municípios sem dinheiro em caixa neste início de novos mandatos, porque mal administrados por gestores inexperientes ou assaltados por políticos cafajestes e ladrões. De forma que se busca na “arte de governar”, de que fala Domenico Di Massi, não só prudência e sabedoria dos que governam, mas também planejamento em bases responsáveis, conhecimento técnico e científico e, principalmente, vontade férrea de servir, qualidades aqui muito bem constatadas e em torno das quais o projeto do futuro pode se realizar e o povo permanecer feliz pelas suas escolhas.

Pensamento da semana: Congratulações ao mundo livre e democrático pela posse de um dos maiores presidentes da história dos EUA, o presidente Barack Obama.