CORRUPÇÃO PODE GERAR DESFALQUE DE R$ 21 BILHÕES NA PETROBRÁS. Análise leva em conta informações de desvios de propinas de 3% do investido pela empresa nos últimos anos Corrupção pode gerar desfalque de R$ 21 bilhões na Petrobras
Nova York - O banco americano Morgan Stanley divulgou sua estimativa das eventuais perdas com os desvios citados na investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Para o Morgan, as perdas podem chegar a R$ 21 bilhões, o que comprometeria todo o lucro de 2014 da estatal.
Nova York - O banco americano Morgan Stanley divulgou sua estimativa das eventuais perdas com os desvios citados na investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Para o Morgan, as perdas podem chegar a R$ 21 bilhões, o que comprometeria todo o lucro de 2014 da estatal.
A análise é com base na informação dada pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, de que as propinas representaram 3% do que foi investido pela empresa nos últimos anos. Levando em conta uma margem de erro, o banco considerou perdas de 1% a 5%, o que significariam baixas contábeis entre R$ 5 bilhões e R$ 21 bilhões.
As instituições financeiras estão fazendo as contas depois que a própria Petrobras admitiu que terá de reduzir o valor de seus ativos, caso sejam confirmadas as denúncias de corrupção. Além disso, analistas alertam os investidores para a redução no pagamento de dividendos este ano e retiram a recomendação para a compra das ações da Petrobras.
Contas públicas
Um dos maiores prejudicados com o esquema de corrupção na estatal brasileira é o próprio Governo Federal, que é dono de mais de 50% dessas ações e espera fechar as contas com esses dividendos. O BNDES tem outros 10%. Já os investidores estrangeiros, que possuem a ação negociada em Nova York, têm quase 20% dessas ações.
Um dos maiores prejudicados com o esquema de corrupção na estatal brasileira é o próprio Governo Federal, que é dono de mais de 50% dessas ações e espera fechar as contas com esses dividendos. O BNDES tem outros 10%. Já os investidores estrangeiros, que possuem a ação negociada em Nova York, têm quase 20% dessas ações.
Os relatórios dos analistas se mostram cautelosos, mas alertam para o potencial de a situação da petrolífera se agravar caso permaneça por um longo período sob investigação, a ponto de impedir que os auditores avalizem seu balanço até meados do próximo ano. Se o balanço anual não for auditado e publicado até lá, a empresa não terá como refinanciar sua dívida, que vence em 2015 e poderá ser forçada a pagar antecipadamente, de uma só vez, US$ 57 bilhões em empréstimos, segundo dados do Morgan.
Fonte: Portal IG