Cesar Techio - Economista –
Advogado
Publicação trimestral do
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, Setembro 2015, volume
17, Número 3 (http://www.bcb.gov.br), informa que a inflação
medida pela variação, em doze meses, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) alcançou 9,53% em agosto, 3,01 pontos percentuais (p.p.) acima da
registrada até agosto de 2014. De um lado, os preços livres acumulam variação
de 7,70% em doze meses (6,95% até agosto de 2014); de outro, os preços administrados
por contrato e monitorados variaram 15,75% (5,07% até agosto de 2014). No que
se refere a projeções de inflação, de acordo com os procedimentos
tradicionalmente adotados e levando-se em conta o conjunto de informações
disponíveis até 18 de setembro de 2015 (data de corte), o cenário de
referência, que pressupõe manutenção da taxa de câmbio constante no horizonte
de previsão em R$3,90/US$, e a meta para a taxa Selic em 14,25% ao ano (a.a.),
projeta inflação de 9,5% em 2015, 5,3% em 2016 e de 4,0% no terceiro trimestre
de 2017.
Ainda segundo estimativas
do próprio Banco Central na antevéspera de feriado, dia 29/10/15, a energia
elétrica vai subir até 51,7%, tudo porque está havendo diminuição de água nos
reservatórios das principais hidrelétricas do pais. Ou seja, apesar de
nossas barragens estarem vazando em repetidas enchentes, aqui no Sul, vamos
pagar a conta do resto do pais. A
Gasolina sobe 15% e o gás de cozinha 19,9%, segundo estimativas do mesmo Banco
Central. Telefonia, tarifas de ônibus, água, etc., estima-se um aumento de
16,9% (desde ontem, aqui em Concórdia a tarifa do transporte coletivo foi
reajustado em 13,46%), ou seja, tudo está subindo e estrangulando o povo. O que
está despencando é o Crescimento do PIB (Produto Interno Produto – soma de
todas as riquezas que se produz no país), a Produção Industrial e,
consequentemente as vagas de emprego e toda atividade econômica. Aliás, a taxa
de desemprego segundo o IBGE é a maior taxa da série, iniciada em 2012, ou
seja, de 8,7%.
Deu-me
na telha escrever sobre economia, impulsionado pelo que disse Ives Gandra da
Silva Martins na Folha de São Paulo do dia 1°/11/2015, folha A3, sob o título
“Mentiras presidenciais”. Não há dúvidas de que o Brasil já estava “estourado”
e sendo liquidado por ocasião das eleições presidenciais do ano passado.
Durante a campanha de 2014, Dilma “alardeou que a situação brasileira era
maravilhosa, que o candidato da oposição iria buscar um ajuste recessivo, que
em seu segundo mandato, teria como meta a pátria educadora e que jamais tanto
se fizera pelo desenvolvimento econômico e social como em seu governo, com as
contas públicas superiormente administradas, em face de sua ilibada idoneidade.
Tão logo eleita, Dilma revelou ao país que tudo o que dissera não correspondia
à realidade: o Brasil estava falido”, afirmou Ives Gandra. A mentira da
presidente Dilma custou um preço elevadíssimo para o país: explosão do preço de
combustíveis em 2015; alta inflação; PIB negativo; altíssima taxa de desemprego;
fuga de investimentos do país; destruição da maior empresa estatal, que perdeu
70% de seu valor, assolada por uma onda fantástica de corrupção. Fico
imaginando se quem acreditou e votou na Dilma está contente agora.
Pensamento da semana: O governo Dilma foi omisso,
negligente, imprudente e imperito, tornando-se aquele em que houve o maior
nível de corrupção da história mundial. Ives Gandra.