quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ARGENTINA DE MAURÍCIO MACRI: VIVA A DEMOCRACIA NA AMÉRICA LATINA!

                                             Foto: Cambiemos / via AFP Photo - G1 Globo.com



Cesar Techio - Economista – Advogado
                                                  cesartechio@gmail.com
              

                       A plena vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento dos processos de integração entre os Estados que fazem parte do MERCOSUL. Esta é a Cláusula Democrática defendida por Maurício Macri, novo presidente da Argentina a partir de dezembro de 2015. Eleições livres e ampla democracia, defesa do Estado de Direito, respeito as liberdades individuais e de imprensa, autonomia do judiciário, se constituem nos fundamentos basilares da democracia a que estão sujeitos todos os países membros. Todavia, um deles, a Venezuela, é responsável pela tortura, maus-tratos e humilhações a mais de 3.000 presos políticos, entre os quais líderes da oposição como Leopoldo López e Daniel Ceballos. É isso que diz o Comitê contra a Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), impedida de entrar no país para realizar investigações sobre a situação dos presos, atentados a imprensa, manietação do judiciário, entre outros crimes do governo contra civis e políticos. Segundo o relator e membro do Comitê contra a Tortura da ONU, os presos dos protestos de 2014, foram “desnudados, ameaçados de estupro, não foram autorizados a ter acesso a um médico ou a um advogado e nem a contatar com suas famílias, além de outras torturas”. A ditadura sanguinária venezuelana chegou ao ponto de vetar, neste mês de novembro de 2015, a missão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), instância máxima da Justiça Eleitoral Brasileira, que visava monitorar as eleições presidenciais de dezembro.

                       Diante deste quadro estarrecedor, no qual a própria ONU e o TSE são impedidos de ingressar na Venezuela, a eleição de Maurício Macri para presidente da Argentina veio trazer uma grande esperança para o restabelecimento da democracia na América Latina. Ele exige a aplicação da Cláusula Democrática em relação à Venezuela por violações aos princípios humanos e democráticos: "Vamos invocar a cláusula democrática contra a Venezuela, pelos abusos e pela perseguição aos opositores".  E porque o governo brasileiro não fez o mesmo até agora? Porque Lula é visto como um pai para o ditador e tirano venezuelano Nicolás Maduro, como ele mesmo afirmou em 2013: “Hoje, Lula nos banhou de sabedoria. Esteve uma hora nos dando experiência de sua luta. Vemos Lula como um pai. Um pai dos homens e mulheres de esquerda de nossa América Latina”.  Ora, Cristina Kirchner, também amiga de Maduro, já vai tarde. Ela e seu governo promoveram ataques à imprensa, restringindo a liberdade de expressão, ao judiciário e sempre estimularam uma diplomacia internacional de apoio a governos ditatoriais como os de Cuba, Venezuela e Iran. Aliás, qualquer semelhança com o governo brasileiro  não é pura coincidência. Enfim, é preciso, por consenso entre os Estados que integram o MERCOSUL, suspender e aplicar sanções comerciais com o fechamento das fronteiras, a todos os países que experimentam uma ruptura a ordem democrática e desrespeitam os direitos humanos, especialmente a Venezuela de Nicolás Maduro, filho de Lula.

Pensamento da semana: Concórdia conquistou a sétima posição entre as cidades mais desenvolvidas com até 100 mil habitantes do Brasil, segundo a revista Exame. Parabéns prefeito João Girardi e Neuri Santhier. Parabéns povo de Concórdia.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ALCIDES CARDOSO ANIVERSÁRIO DE 89 ANOS

O cantor oficial da VALSA CONCÓRDIA (autor: Poeta Wilson Cancian) que abrilhanta nosso município com sua voz cheia de vida e amor, há mais de 60 anos.
Ela nasceu pequenina e cresceu Cheia de belezas mil. Grande será, pois seu nome já está Na geografia do Brasil.
Deus a proteja sempre que esteja em perigo. A fartura de pão. Mesmo a criança que brinca no chão. Sabe de cor a canção.
Lá em Concórdia se canta e se diz: Nossa gente é contente é feliz.. Lá lá lá lá lá lá. Gente piu bona mai piu nascerá, el bambino la mama e pupa Tuti felicitá.
Quando escurece, Concórdia aparece noiva vestida de véu Vai se casar com a luz do luar Depois morar lá no céu.





quarta-feira, 18 de novembro de 2015

JUVENTUDE DO VOLEI CONCORDIENSE: É CAMPEÃ!


Cesar Techio - Economista – Advogado
                                                                                         cesartechio@gmail.com

            Rubi Lunge, Ladi Massolini, Paulo Mori, Santo Frances, Jaci Techio, entre outros, formaram, no saudoso Clube Juventus, o primeiro e lendário time de vôlei de Concórdia, nas décadas de 1950/1960. Fotografias cedidas por Luiz Alberto Mazocco (Pafhy), que detém o maior acervo fotográfico e de informações da nossa história esportiva, comprovam que temos longa tradição neste esporte, capitaneado pela equipe acima nominada que foi campeã nos Jogos Abertos de Santa Catarina realizado em Joaçaba no ano de 1967 (fotos no blog  http://cesartechio.blogspot.com.br/).

            Graças a Associação dos Pais e Amigos do Vôlei (APAV), presidida por Marlene Maria Paludo e técnicos de ponta, como Paulo Biezus, Igor Bolognesi, Titi, Evandro Pontes e o atual técnico Fabiano Girotto, além do apoio da Fundação Municipal de Esportes e do Município de Concórdia, bem representados na grande final do campeonato pelo superintendente da Fundação Municipal de Esportes (FMEC), Vilmar Bentz, e pelo prefeito João Girardi, nosso passado de esforços neste esporte foi honrado por uma nova geração de ouro.

            A equipe de vôlei juvenil da APAV de Concórdia (sub-16), se tornou campeã catarinense de 2015. Nomes como Ismael Paludo Goedert, David Luiz Durigon Pozzobon, Henderson Cleber, João Stahl, Cleison Caminski Testa, Wender Barros Cavalheiros, Paulo Carraro, Carlos Suzim Sehn, Rafael Henrique Bortolotti, Bruno Sinster Freitas, Elsio Luchetta Junior, Clesio Guedes Junior e o técnico Fabiano Girotto, foram escritos para sempre e honrosamente nos anais do vôlei concordiense e catarinense.

            Sustentou a vitória que tanto nos rejubilou no dia 15/11/2015, muito esforço, disciplina, educação, respeito e amor pelo esporte. Os nomes destes jovens, assim como de seu professor e técnico, colocam-se no mirante da história do voleibol em nosso município, primeiro, porque são exemplos de persistência para todos os demais jovens da nossa sociedade e, segundo, porque percorrendo o tempo à jusante, em linha diacrônica, souberam coroar a própria história do esporte e o bom nome dos esportistas que os precederam.

Pensamento da semana: Resgatar a história do vôlei masculino e feminino concordiense, eis um grande desafio para a APAV. Parabéns a todos. 





quarta-feira, 11 de novembro de 2015

ABILIO DINIZ: A CRISE É DE NATUREZA POLÍTICA.





            Cesar Techio - Economista – Advogado
                                            cesartechio@gmail.com

         No início deste ano, escrevi, que a greve nacional dos caminhoneiros não pode parar setores essenciais da economia, sob pena de agravar o sofrimento do povo brasileiro. Os fundamentos da greve de fevereiro de 2015 traziam uma pauta de reivindicações. Todavia, na atual, a principal ou única pauta é a da renúncia da presidente da República. Chegamos, então, a um ponto no qual se está considerando que a democracia liberal não oferece mais alternativa e que o Estado Democrático de Direito, e especialmente a política sustentada por ele, são meras fachadas para a manutenção de privilégios, corrupção, desigualdades econômicas. Tudo fruto de vitórias eleitorais compradas a dinheiro. Frente o esforço para o desenvolvimento do sistema produtivo, do trabalho, do trabalhador e da atividade empresarial, a legitimidade do sistema de representação política (em especial para o cargo de Presidente da República, comprometido pela ineficiência e assolado por uma gigantesca onda de corrupção em meio ao naufrágio da economia) não detém mais qualquer legitimidade. Frente à desigualdade econômica e a miséria enfrentada pelos setores produtivos e pelos trabalhadores, a igualdade política é uma farsa e a representação um mecanismo para perpetuar a mesma farsa.

         Esta me parece ser a racionalização ideológica a que chegaram os caminhoneiros. Segundo eles, somente vão recuar se a presidente renunciar, porque não há para onde recuar. Com inflação alta, desemprego, moeda desvalorizada, combustíveis e energia elétrica explodindo, resolveram apelar para a greve, todavia, por motivos políticos e por uma questão de sobrevivência. Do outro lado da mesma moeda, em palestra proferida nesta segunda feira (09/11/15), no maior evento de gestão da América Latina no HSM Expomanagement 2015, em São Paulo (http://www.hsmeducacaoexecutiva.com.br), Abilio Diniz (presidente do Conselho de Administração da BRF) disse que a turbulência que o país atravessa não tem causas econômicas, mas sim políticas e vai passar: "No momento em que tivermos uma estabilidade política, a virada da situação econômica será muito rápida, porque será restabelecida a confiança. Não sei quando isso vai acontecer, mas espero que seja rápido. Não é possível que os homens que comandam esse país não percebam que ainda não temos uma crise econômica, mas vamos ter em breve se a situação se mantiver assim". Referindo-se ao agronegócio brasileiro chegou a afirmar que o mesmo é uma fortaleza mundial: “Esse Brasil continua exportando, se supera e só pede para o governo não atrapalhar". Abílio Diniz recomenda ao empresariado que não reclame da crise, mas que busque maneiras de enfrenta-la, pois, "reclamar da crise não adianta nada”.  Analisando estes dois quadros, ou estas duas falas, dos motoristas de caminhões e de Abílio Diniz, fico imaginando que, se o desastre econômico do Brasil (que já se faz presente, conforme indicadores econômicos), tem mesmo natureza exclusivamente política, então a solução também deve ser de natureza estritamente política. E para isso é preciso acreditar que as verdadeiras mudanças somente podem ser realizadas de forma duradoura na época das eleições, através do voto.  Mesmo porque, já se sabe que não adianta votar num incompetente, como um asno, e depois fazer greve pela renúncia do eleito, pois no caso dos caminhoneiros vai sobrar mais uma vez para todos nós, o povo.

Pensamento da semana: “A inflação é como o pecado: todo governo a denuncia e a pratica.” Frederick William Leith-Ross

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

PARA CIMA: Inflação, custo da água, energia elétrica, gasolina, desemprego, miséria. Tá contente agora?







Cesar Techio - Economista – Advogado

  Publicação trimestral do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, Setembro 2015, volume 17, Número 3 (http://www.bcb.gov.br), informa que a inflação medida pela variação, em doze meses, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 9,53% em agosto, 3,01 pontos percentuais (p.p.) acima da registrada até agosto de 2014. De um lado, os preços livres acumulam variação de 7,70% em doze meses (6,95% até agosto de 2014); de outro, os preços administrados por contrato e monitorados variaram 15,75% (5,07% até agosto de 2014). No que se refere a projeções de inflação, de acordo com os procedimentos tradicionalmente adotados e levando-se em conta o conjunto de informações disponíveis até 18 de setembro de 2015 (data de corte), o cenário de referência, que pressupõe manutenção da taxa de câmbio constante no horizonte de previsão em R$3,90/US$, e a meta para a taxa Selic em 14,25% ao ano (a.a.), projeta inflação de 9,5% em 2015, 5,3% em 2016 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2017.

     Ainda segundo estimativas do próprio Banco Central na antevéspera de feriado, dia 29/10/15, a energia elétrica vai subir até 51,7%, tudo porque está havendo diminuição de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do pais.  Ou seja, apesar de nossas barragens estarem vazando em repetidas enchentes, aqui no Sul, vamos pagar a conta do resto do pais.         A Gasolina sobe 15% e o gás de cozinha 19,9%, segundo estimativas do mesmo Banco Central. Telefonia, tarifas de ônibus, água, etc., estima-se um aumento de 16,9% (desde ontem, aqui em Concórdia a tarifa do transporte coletivo foi reajustado em 13,46%), ou seja, tudo está subindo e estrangulando o povo. O que está despencando é o Crescimento do PIB (Produto Interno Produto – soma de todas as riquezas que se produz no país), a Produção Industrial e, consequentemente as vagas de emprego e toda atividade econômica. Aliás, a taxa de desemprego segundo o IBGE é a maior taxa da série, iniciada em 2012, ou seja, de 8,7%. 

       Deu-me na telha escrever sobre economia, impulsionado pelo que disse Ives Gandra da Silva Martins na Folha de São Paulo do dia 1°/11/2015, folha A3, sob o título “Mentiras presidenciais”. Não há dúvidas de que o Brasil já estava “estourado” e sendo liquidado por ocasião das eleições presidenciais do ano passado. Durante a campanha de 2014, Dilma “alardeou que a situação brasileira era maravilhosa, que o candidato da oposição iria buscar um ajuste recessivo, que em seu segundo mandato, teria como meta a pátria educadora e que jamais tanto se fizera pelo desenvolvimento econômico e social como em seu governo, com as contas públicas superiormente administradas, em face de sua ilibada idoneidade. Tão logo eleita, Dilma revelou ao país que tudo o que dissera não correspondia à realidade: o Brasil estava falido”, afirmou Ives Gandra. A mentira da presidente Dilma custou um preço elevadíssimo para o país: explosão do preço de combustíveis em 2015; alta inflação; PIB negativo; altíssima taxa de desemprego; fuga de investimentos do país; destruição da maior empresa estatal, que perdeu 70% de seu valor, assolada por uma onda fantástica de corrupção. Fico imaginando se quem acreditou e votou na Dilma está contente agora.

Pensamento da semana: O governo Dilma foi omisso, negligente, imprudente e imperito, tornando-se aquele em que houve o maior nível de corrupção da história mundial. Ives Gandra.