Cesar
Techio
Economista
– Advogado
”Como uma vida deve ser vivida”,
deve ser o título de uma futura crônica a respeito da autobiografia do advogado
Laurindo Baldi, que li e reli recentemente. Refletindo sobre esse título me
veio à mente o excelente exemplo de vida de algumas pessoas que fizeram e fazem
a diferença em Concórdia. Lembrei-me da seriedade e honestidade de meu pai; do
desprendimento de Lourdes Sette Zandavalli que com a ajuda da comunidade fundou
o Recanto do Idoso sem o qual não sei o que seria de todos nós; dos ensinamentos
de Leonardo Boff, que projetou Concórdia no cenário internacional através da
Teologia da Libertação; da coragem e determinação de Attilio Francisco Xavier
Fontana que fundou a Sadia e foi senador da República; da inteligência e amor
pelo Brasil de seu neto, Luiz Fernando Furlan frente ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior. No setor público, lembrei-me do
bom exemplo dos prefeitos Neodi Saretta e João Girardi, ambos com vários
prêmios a nível nacional por conta da alta credibilidade, honestidade e
competência na gestão pública.
Vivemos num município que possui
projeção nacional, não só por ser conhecido como Capital do Trabalho e Capital
Nacional da Suinocultura, mas, graças a firmeza destes dois prefeitos que em quatro
mandatos consecutivos, ajudaram Concórdia ascender da 107° posição no Estado e 1.389°
no Brasil (no ano de 2.000), para o 1°
município do Estado de Santa Catarina e o 12º do Brasil em qualidade de vida em
2013.
A credibilidade destes dois governos
municipais foi sustentada por princípios, valores e estratégias administrativas
éticas, entre elas a atuação de uma Auditoria Interna independente. Tendo a
frente o professor e especialista em Auditoria e Controladoria Alceone José
Muller, o órgão passou a funcionar como um verdadeiro “ombudsman”,
representando os interesses dos cidadãos acima dos interesses dos governantes.
A Secretaria de Finanças e a Secretaria de Administração, sob o comando de
Joaquim Pedro Bicca e Beatriz da Silva Rosa, respectivamente, passaram a
observar com rigor a Lei de Responsabilidade Fiscal e a refutar com veemência
quaisquer tentativas de interferências de ordem política partidária, de favores
ou de privilégios.
Por
aqui o prefeito do PT não aceita “pedaladas fiscais”, como as feitas pelo
governo Dilma Roussef entre 2012 e 2014, com um rombo nas contas públicas,
segundo o TCU, de cerca de R$ 40 bilhões. É isso que mais chama a atenção e que
todos comentam. Trata-se de duas gestões públicas distintas, comandadas mesmo
partido político, uma a nível nacional e outra municipal. O PT de Concórdia elegeu a moralidade pública para comandar o município.
O lá de cima, com Lula e Dilma, produziu o maior desastre da história do Brasil
na economia. O daqui só fala a verdade, o de lá navega para o abismo de
mentiras colossais, como as usadas durante a campanha eleitoral. O daqui usou
as obras públicas e o bom trabalho como propaganda eleitoral. O de lá, segundo
o delator Ricardo Pessoa, o dinheiro da
Petrobrás. O daqui nos dá orgulho, o de lá perdeu a credibilidade e a
respeitabilidade junto a população.
A
realidade é que o governo Dilma Roussef não governa mais. Crise, inflação,
desemprego e corrupção desesperam a nação. Se a presidente renunciar, num ato
de grandeza, assume Michel Temer do PMDB. Se for afastada por um processo de
impeachment, novas eleições podem ser convocadas e novamente será a vez de
Aécio Neves do PSDB. Evidências de corrupção na campanha eleitoral de Dilma
Roussef via doação de dinheiro ilegal, conforme denuncia Ricardo Pessoa em
deleção premiada, se soma a provas do relatório do ministro do TCU, Augusto
Nardes, de que houve pedaladas fiscais. Por estes fatos o processo de
impeachment teria sustentação constitucional. Enfim, com tranquilidade, para o
PT daqui faço um jantar com as nossas panelas. Para o de Brasília, quebro
todas, de tanto bater. Haja panelas e colheres!
Pensamento da semana: “O sentido da política
está em melhorar a vida das pessoas.” João Girardi.