quarta-feira, 29 de julho de 2015

ENTUSIASMO E AMOR POR CONCÓRDIA. VIVA A CAPITAL DO TRABALHO!




Cesar Techio
Economista – Advogado
A ExpoAgro 2015, assim como a enchente, se constituíram em dois acontecimentos de natureza oposta, mas que revelaram aos concordienses o tamanho da determinação e da fé de muitos homens e mulheres de valor desta terra. A lama que tomou conta do Parque de Exposições prefigurou o futuro quadro do que poderá vir a ser a verdadeira lama no ano que vem. Sob o espectro do insucesso da Expo, tão sonhada e construída pelo empresariado local, sob a batuta de grandes lideranças, entre as quais a do presidente da Associação Comercial e Industrial de Concórdia (ACIC) Edson Argenton e a do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Concórdia (CDL), Moacir Zat, entre outros heroicos empresários que almejavam mostrar o que temos de melhor no setor agropecuário, ouviu-se alguém propalar com ironia, num meio de comunicação, de que o povo teria que “ir à ExpoAgro de botas”.

O agouro não pegou. Da lama que a enchente trouxe, ergueu-se uma vontade férrea e hercúlea de um jovem líder que assombrou e emocionou a todos os envolvidos no evento. Num momento em que alguns começavam a perder a esperança, com firmeza e determinação, ele quase gritou: “A ExpoAgro 2015 vai ser realizada, porque o nosso povo merece! Nós podemos limpar! Nós podemos reconstruir!” Todos ficaram espantados quando ele,  dando o exemplo, pegou numa vassoura, num rodo e, com a ajuda de mais de 100 voluntários, sem maiores palavras, quase em silêncio, começou a limpeza. O presidente da Comissão Central Executora e vice-prefeito, Neuri Santhier, companheiro leal do Prefeito João Girardi, responsável por pensar as grandes estratégias de desenvolvimento de Concórdia rumo ao futuro, apontou um caminho de trabalho e de firmeza aos que apostavam no desastre da ExpoAgro, em momento histórico, referto de nuvens empardecidas pela crise econômica, de sombras de desânimo, de incerteza e mau agouro dos negativistas.

Pessoas como ele - é necessário coerência para admitir - fazem de Concórdia uma ilha de coragem, trabalho incessante e progresso em meio a uma quadra de inquietação nacional assinalada por escândalos turbinados pela corrupção. Num dos piores momentos vividos por Concórdia, Neuri Santhier soube transformar o limão, numa limonada. Em meio a um quadro de inflação, desemprego, diminuição da atividade econômica, enchente, lama e desesperança, ele soube reagir, organizar, reorganizar e alcançar o sucesso!  E que sucesso! Foi a maior feira agropecuária da nossa história! Com alegria, fomos à exposição. Nosso município evoluiu nestes últimos anos e ingressou no primeiro mundo por levar a sério o trabalho, a honestidade, a competência na gestão pública, a inteligência empresarial e a fé no futuro. Tudo isso se tornou realidade, especialmente por mérito da classe trabalhadora aliada a uma liderança excepcional. É preciso dizer, neste dia em que comemoramos o aniversário de Concórdia, que a nossa gente é contente, é feliz, cheia de amor e de ardente entusiasmo. Feliz aniversário Concórdia. Parabéns a todos.

Pensamento da semana: ”Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.” Roberto Shinyashiki.

PARABENS CONCÓRDIA PELO TEU ANIVERSÁRIO


quarta-feira, 22 de julho de 2015

ELEIÇÕES: ROUBARAM NA CARA DURA NO OESTE CATARINENSE.



Cesar Techio
Economista – Advogado
       Foi por um acaso que acabei lendo uma reportagem de capa do Diário Catarinense, no final da semana passada, dando conta da intimação pela Polícia Federal de 23 militantes do mundo político, envolvendo vereadores e ex-vereadores da região Oeste e Extremo Oeste do Estado de Santa Catarina, por derramarem dinheiro para eleger um candidato nas eleições do ano passado. A reportagem de Victor Pereira (victor.pereira@diario.com.br) informa que a Operação Pecúnia apurou a existência de “um grupo político atuando a partir de Florianópolis que enviaria dinheiro para diversos municípios da região do Extremo Oeste para a compra de votos.” Segundo o responsável pela operação, Delegado da PF Márcio Antônio Lélis Anater, “o dinheiro vinha e acreditamos que se operava da Capital. No Oeste ficariam os peões que corriam atrás dos votos. Tinha alguém interessado e beneficiado no esquema, que estamos procurando entender quem era”.

       Lívido com o que li, me surpreendi em linguajar comumente utilizado pelo senso comum para expressar indignação e descambei para adjetivos como “corja de vagabundos”, “desclassificados”, “cacos da pior estirpe”, “traidores”, entre outros termos indizíveis. De formação espartana, com raízes humanistas, graças aos santos padres e irmãos franciscanos ao tempo dos meus estudos no seminário, e após, aos jesuítas da Companhia de Jesus ao tempo da Unisinos, busco sempre me impor ponderação, lhaneza, até certa afabilidade em minhas escritas, com uma linguagem escorreita e polida.

       Ocorre que, por exercício de cidadania e para conclamar pessoas de bem a participarem da política fazendo-a bem melhor, assim como o fermento que faz a massa crescer, fui candidato a deputado estadual. Entendi que a minha mensagem seria a de sair da zona de conforto e mostrar aos cidadãos que não adianta reclamar como um leão contra os corruptos durante quatro anos para depois votar como um burro. Existem segmentos da sociedade que precisa de representação capaz de dar uma resposta contra a bandalheira que virou este país. Não me elegi. Mas fiquei feliz com os meus dignos votos, com vontade de abraçar cada eleitor que compreendeu a minha mensagem. E agora não me sai da cabeça que alguns patifes atentaram contra o sistema eleitoral, na maior cara de pau. Se, entrou “pecúnia” nas eleições, todos os candidatos foram prejudicados. Teve eleitor que vendeu o voto para vagabundo e a alma para o diabo. E todos (candidatos e eleitores corruptos) cuspiram na cara da democracia e do povo catarinense. Sou parte legítima e diretamente interessada em detonar esses “desgraçados”. E, nesta altura, não me parece serem esses adjetivos, exacerbados, pois se situam em patamar perfeitamente condizente com os fatos em testilha. Como utilizar linguagem escorreita e polida neste caso (?), pensei enquanto terminava de ler e espumava de indignação.

Pensamento da semana: Graças a barragem de contenção construída por João Girardi e Neuri Santhier, a cidade de Concórdia foi poupada de uma verdadeira catástrofe, na maior enchente da história. Aqui sim, é preciso ponderação. E gratidão!

domingo, 19 de julho de 2015

ENCHENTES E VEREADORES: É PRECISO PROIBIR O DESMATAMENTO.


 
Cesar Techio
Advogado - Economista
 
                           A derrubada de mata para a expansão de loteamentos dentro da bacia hidrográfica do Rio dos Queimados, tem que acabar. A fortíssima precipitação pluviométrica aliada ao desmatamento, fendas, barrancos abertos nos morros e encostas da cidade, em desrespeito ao disposto no artigo 3º da lei estadual 6063/82 deve ser objeto de decisões urgentes da Câmara de Vereadores. É preciso proibir a ação de tratores e retroescavadeiras em encostas, ladeiras, e a construção de casas, prédios em locais com mais de 30% a declividade. Isto é indiscutível. O município não deve conceder alvará para construção e engenheiros não devem projetar. Os órgãos ambientais têm a obrigação de embargar construções, multar e cobrar explicações das autoridades. Mesmo abaixo de 30% de declividade é necessário parecer de órgãos ambientais sobre a viabilidade de utilização do solo para moradias. Para desmatamentos, como o realizado no mês passado no Bairro Liberdade, acima da ABECELESC na micro bacia do Rio do Sabão (que passa atrás da prefeitura), devem ser proibidos sem a realização do Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e do Estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).

                       A lei tem que mudar e ser mais restritiva em regiões como a nossa, de topografia acidentada, porque não existe barragem de contenção que suporte chuva tão intensa, por mais boa vontade que o Prefeito possa terNossa cidade deve ser repensada, com urgência, quanto à viabilidade social, econômica e financeira de suas construções, espaços, ruas, atividades e se a execução dos projetos se encontra dentro das normas obrigatórias do direito ambiental e urbanístico. Todas nossas leis, inclusive o Plano Diretor que mudou, buscando “adaptar o máximo possível o parcelamento à topografia local” colidem frontalmente com a nova consciência global de defesa do meio ambiente. A lei não pode e não deve autorizar adaptações à topografia que apresente declive acima de 30% e que possa provocar desmoronamentos ou ainda que dificulte a absorção das águas das chuvas pela mata. A simples existência à montante de escarpas de terra que ameacem ou se mostrem aptas a desmoronar, constituem ofensa à segurança das pessoas e de seus bens, pois podem comprometer a estabilidade e a solidez de casas e prédios. Quando é feito um corte num morro, é retirado a escora ou calço natural, o que provoca desequilíbrio, sendo que, em época de chuvas, o manto de intemperismo que solto encontra-se sob as encostas, ao receber água de chuvas, tem seu peso aumentado. As argilas são saturadas, não se sustentam e, através de um fenômeno conhecido por solifluxão, deslizam sobre as rochas e despencam em enorme velocidade, buscando novas acomodações. Neste movimento, a lama leva casas, prédios e a vida  de pessoas.

                       Para o caso de Concórdia, assim como cidades da região, não existe mais solução para as encostas, ainda mais diante de altas precipitações pluviométricas. A aplicação de prática conservacionista, mesmo de caráter vegetativo, edáfico ou mecânico, com a construção de tapumes, murros de contenção e outros, não solucionará nossos problemas e não garantirá a integridade física de nossas famílias, pois nossas encostas já estão condenadas. A água pluvial penetra o solo (por conta do desmatamento) e em contato com as rochas é criado um manto líquido que, pela gravidade desliza morro abaixo. Exatamente por isso, os Vereadores tem a obrigação de aprovar novas leis que proíbam novos desmatamentos e obriguem a recuperação de áreas desmatadas nos morros e em toda a bacia hidrográfica.

 Pensamento da semana: "A enchente é a reação das águas contra a ação dos homens." (Rafaela Gevard, 8ª1 - Frases com linguagem figurada sobre a enchente de  Blumenau)

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Neuri Santhier e Expo Agro 2015: Aguenta coração!

Cesar Techio
Economista – Advogado
Presidente por quase oito anos de comissões organizadoras de diversas feiras multisetoriais de alto impacto na projeção do nome de Concórdia no cenário nacional, entre elas a Expo concórdia, envolvendo a Festa Nacional do Leitão Assado, a Mostra da Agricultura Familiar e setores da indústria, comércio e serviços, o vice-prefeito Neuri Santhier volta a comandar mais um evento que certamente repercutirá na vida econômica e social de Concórdia. A “Expo Agro 2015” projetará o nome do nosso município através de leilões de animais em cadeia nacional de televisão e por meio da Festa Nacional do Leitão Assado, iniciativas que demonstram respeito a excelência das atividades agropecuárias desenvolvidas na região do Alto Uruguai Catarinense. Homem sóbrio, quase introspectivo, de excepcional inteligência e de ação discreta, mas não menos pragmática, Neuri Santhier vem nas duas gestões administrativas do prefeito João Girardi, sendo seu maior companheiro, leal amigo e carta na manga em situações que exigem sucesso e resultados positivos. Suporte intelectual e executivo da Administração em projetos que fizeram de Concórdia um dos lugares de melhor qualidade de vida do Brasil, com altíssimo índice de desenvolvimento humano e social,  Neuri Santhier criou condições para que lideranças empresariais e comunitárias contribuíssem para planejar o crescimento e o desenvolvimento do Município com novas ideias.

Por impulso de suas iniciativas e consequente aprovação de João Girardi, projetos absolutamente impecáveis, como “Concórdia 2030” e “Avança Concórdia” criaram consistência através de inúmeras obras. Entre elas, a pavimentação de vasto número de ruas, a construção da UPA 24 horas, a pavimentação do acesso ao distrito de Presidente Kennedy, a edificação do Centro Cultural, o CMEI do Bairro Imigrantes, a Rua Coberta, o Novo Parque de Exposições, a Barragem de Contenção, entre outras. Atrasadas, devido a crise econômica que destroça o país, as duplicações das ruas Senador Attilio Fontana e Tancredo Neves vêm preocupando o Vice-Prefeito. Contudo, este entrave à dinâmica do desenvolvimento urbano experimenta novas alternativas que devem ser consideradas adequadas, senão geniais. Com o objetivo de “aliviar” a densidade demográfica do anel central da cidade, Neuri Santhier teve a satisfação de ver o Conselho de Desenvolvimento Municipal, que ele preside, aprovar sua proposta para criar “eixos de expansão urbana”, com  planejamento de crescimento industrial e urbano rumo aos principais Distritos de Concórdia.

Em ritmo acelerado na coordenação da Expo Agro 2015, foi visível sua emoção quando o prefeito João Girardi lhe informou sobre os resultados da viagem a Brasília; da apresentação do novo projeto da Secretaria Nacional de Aviação Civil para a modernização do Aeroporto Municipal; do repasse de R$ 3 milhões para investimento em novas obras de pavimentações e da decisão do Comitê Organizador das Olimpíadas, para que a Tocha Olímpica passe por Concórdia, fazendo com que o olhar da nação se volte para esse belíssimo município. Aguenta coração.

Pensamento da semana: Olho vivo meu povo: O CDL, ACIC e Sindicon têm toda a razão quando alertam sobre as restrições legais que devem ter as Feiras Itinerantes. É preciso valorizar e manter o comércio local, preservar o desenvolvimento econômico da cidade, colher impostos, manter os empregos e cuidar de quem investe aqui.

“Descolando” de Lula e Dilma.

 


Cesar Techio
Economista – Advogado

                                    
           
Lula acha que Concórdia está desconectada do mundo, que por se tratar de um município incrustado em meio a uma região topográfica acidentada, no oeste catarinense, por aqui ninguém vê televisão, não ouve rádio e não lê jornais e revistas. Com a clara pretensão de se afastar da investigação da Operação Lava Jato que se aproxima dele, atacou sem qualquer escrúpulo seu próprio partido: “O PT perdeu um pouco do sonho da utopia. A gente só pensa em cargo, em ser eleito, ninguém trabalha de graça mais. Estamos querendo salvar nossa pele e nossos cargos ou criar um novo projeto?”. E, publicamente vem criticando a política econômica da presidente que ele mesmo colocou no poder. Em meio o furacão que começou com o mensalão e arrasta lideranças políticas e empresariais para o centro do petrolão, Lula pretende descolar sua imagem do próprio PT e do governo, de olho nas eleições presidenciais de 2018. Também não é pra menos. Conforme o Instituto Datafolha, em pesquisa divulgada na Folha de São Paulo de 23/06/2015, o PT possui somente 11% da preferência do eleitorado. Pesquisa anterior, do dia 20, mostra a desaprovação da população com o próprio governo da presidente Dilma Rousseff: Ótimo/bom: 10%, - Regular: 24%, - Ruim/péssimo: 65%, - Não sabe: 1%. É claro que isto tem a ver, não só com o desastre da política econômica, mas com as investigações e processos que jogaram atrás das grades dirigentes de partidos, empreiteiros e que se aproxima perigosamente da maior estrela do PT.

Mas, como aqui no interior desta cidadela de Concórdia também se lê jornais, se assiste televisão e se ouve rádio, a conclusão sobre a fala de Lula é de que ele só pode estar falando sobre si mesmo e de seus amigos mais próximos, dada a sua direta responsabilidade pelo comando do país nos últimos anos. Se a estratégia de Lula para descolar do PT parece escancaradamente uma piada, para petistas éticos, corretos e honestos, pode dar certo.

É o caso de Concórdia, município também governado pelo PT. Depois de 16 anos de administração petista, apoiada por partidos coligados, João Girardi e Neodi Santhier deixarão os cargos no início de 2017, admirados e respeitados pelos concordienses. A política transparente, sustentada por uma gestão competente e de visão de futuro, faz com que, ao contrário do que pretende Lula a nível nacional, o PT de Concórdia naturalmente se “descole” da figura do ex-presidente e de Dilma Rousseff. É que, por aqui, com a devida vênia, não me parece que nenhum petista queira “salvar a pele” ou tenha perdido o sonho, o sono ou ainda a tranquilidade de consciência. O PT de Concórdia, é preciso convir, tem diferenças abismais do PT de Lula e está muito longe dos “rolos” do tesoureiro João Vaccari Netto, vulgo “mochila” ou “mochilinha” para os mais íntimos.

 E não me surpreenderia se, a exemplo da senadora Marta Suplicy, lideranças políticas da região apresentassem desfiliação à legenda. Só para lembrar, outros partidos também se encontram envolvidos em denuncias de corrupção, tanto é, que a lista do petrolão reúne a cúpula do Congresso Nacional e mais 5 partidos (PMDB, PP, PT, PTB, PSDB). Para piorar, um dos maiores empreiteiros do país e amigo de Lula, Ricardo Pessoa, delatou a entrega de dinheiro desviado da Petrobras para turbinar a eleição de várias figuras da República.  A lista com os nomes desta gente tá na Veja, edição 2432, pág. 39, que circula hoje, ali no centrinho, na Banca Camargo.

Pensamento da semana: "Nós temos a mandioca e estamos comungando a mandioca com o milho. Uma das maiores conquistas do Brasil". Dilma Rousseff em 23/06/2015.

ENCHENTES E DESMATAMENTOS: SALVE-SE QUEM PUDER.

               Cesar Techio - Economista – Advogado
                   cesartechio@gmail.com  
          
Quando Neuri Santhier propôs a construção da barragem de contenção como uma das medidas aptas para evitar enchentes nesta cidade, o prefeito João Girardi imediatamente entendeu que esta seria, dentro de um sistema de contenção mais amplo, uma medida imprescindível, necessária e de relevante interesse público. Pois bem, o último dilúvio que se abateu sobre Concórdia entre o dia 14 (domingo) e 15 (segunda-feira) de junho, com uma precipitação de 164 milímetros, poderia ter arrasado o entorno do Rio dos Queimados, a começar pelo Parque de Exposições, passando pelo Posto Bassegio, Escola Cnec e ruas transversais a rua Dr. Maruri até a rótula da Sadia. Choveu intensa e repentinamente, em 12 horas, mais do que a média histórica do mês inteiro, que é de 161 milímetros. Com exceção de pequena parte do Parque de Exposições e de uma casa acima da barragem, a vida seguiu seu ritmo normal no centro da cidade, confiante na segurança da barragem. Com efeito, trata-se de uma construção que adotou o modelo do tipo gabião, caixas com pedras “amarradas” por mantas ou telas, em escada, sistema que associa resistência hidráulica e estabilidade geotécnica. Mesmo que uma margem de terra pura venha eventualmente a ceder, a barragem permanecerá estável, sem risco de fragmentação.

 Todavia, em que pese estas salvaguardas, é necessário e urgente a construção de painéis de concreto armado nas laterais, junto aos barrancos, para impermeabilizar a pressão da água e evitar a solifluxão, que é a liquefação da terra e consequente possibilidade de deslizamento de terras e aumento repentino do fluxo da água. No caso, vem sendo adotados um conjunto de procedimentos de operação, inspeção, monitoramento e intervenções na barragem e em seu reservatório, com o objetivo de garantir a segurança pelo Secretário de Urbanismo e Obras de Concórdia, Mauri Maran e sua equipe.

Doutra banda, é necessário que a Câmara de Vereadores aprove leis que implementem uma política ambiental que proíba qualquer tipo de desmatamento na bacia hidrográfica do rio dos Queimados, sob pena das obras de contenção de cheias virarem, a curto prazo, obras estéreis e inúteis. A justificativa é simples: A terra sob as matas possui a missão de reter enxurradas e absorver a água da chuva conduzindo-a para o lençol freático. Neste sentido, é urgente dar fim a farra de destruição da cobertura vegetal na nossa bacia hidrográfica, estancando de vez alvarás de construção e licenças ambientais.

   No Bairro Liberdade (acima do Colégio Olavo) vasta área de mata antiga, permeada com fauna e flora riquíssima, foi legalmente derrubada para dar espaço ao Loteamento Dr. Argeu Vicente Gripa, de propriedade de Crippa Imóveis Ltda. Documentação juntada no Procedimento Administrativo Disciplinar do Ministério Público n° 06.2012.00005696-3, instaurado a partir de abaixo assinado apresentado pela Associação de Moradores do Bairro Liberdade, que também subscrevi, demonstra a liberação da Fatma para o desmatamento, que inclusive já foi feito a base do ronco impiedoso de motoserras. A princípio, as distâncias de fontes de água que alimentam o Riacho do Sabão, que passa atrás da prefeitura e desemboca no rio dos Queimados, foram observadas. Entretanto, mesmo legalizado em aclive topográfico acentuado, o desmatamento eliminou a proteção que parte da mata exercia na absorção de águas pluviais e colaborará com enchentes atrás da prefeitura e no centro da cidade. Loteamentos assim, mesmo que amparados pela insensível legislação, não ajudam a melhorar o meio ambiente. Com a palavra a corajosa Câmara de Vereadores de Concórdia e ambientalistas.

Pensamento da semana: Não sei o que é pior, se uma arma de fogo que mata ou uma motosserra que desmata. Juahrez Alves

quinta-feira, 2 de julho de 2015

ALEGREMO-NOS A CADA PRISÃO DE UM CORRUPTO.

ALEGREMO-NOS A CADA PRISÃO DE UM CORRUPTO. POR UM BREVE INSTANTE BRINDEMOS E NOS ALEGREMOS. VIVA O JUIZ FEDERAL SERGIO MORO! VIVA A JUSTIÇA! COMEMOREMOS! EIS UM MOMENTO DE RIGOZIJO PORQUE O BRASIL ESTÁ MUDANDO. AVIVEMOS NOSSA ESPERANÇA! COMPARTILHEMOS NOSSA ALEGRIA A CADA PRISÃO DOS MISERÁVEIS LADRÕES DOS COFRES PÚBLICOS. tim tim

quarta-feira, 1 de julho de 2015

“DESCOLANDO” DE LULA E DILMA.



Cesar Techio
Economista – Advogado

                                    
           
Lula acha que Concórdia está desconectada do mundo, que por se tratar de um município incrustado em meio a uma região topográfica acidentada, no oeste catarinense, por aqui ninguém vê televisão, não ouve rádio e não lê jornais e revistas. Com a clara pretensão de se afastar da investigação da Operação Lava Jato que se aproxima dele, atacou sem qualquer escrúpulo seu próprio partido: “O PT perdeu um pouco do sonho da utopia. A gente só pensa em cargo, em ser eleito, ninguém trabalha de graça mais. Estamos querendo salvar nossa pele e nossos cargos ou criar um novo projeto?”. E, publicamente vem criticando a política econômica da presidente que ele mesmo colocou no poder. Em meio o furacão que começou com o mensalão e arrasta lideranças políticas e empresariais para o centro do petrolão, Lula pretende descolar sua imagem do próprio PT e do governo, de olho nas eleições presidenciais de 2018. Também não é pra menos. Conforme o Instituto Datafolha, em pesquisa divulgada na Folha de São Paulo de 23/06/2015, o PT possui somente 11% da preferência do eleitorado. Pesquisa anterior, do dia 20, mostra a desaprovação da população com o próprio governo da presidente Dilma Rousseff: Ótimo/bom: 10%, - Regular: 24%, - Ruim/péssimo: 65%, - Não sabe: 1%. É claro que isto tem a ver, não só com o desastre da política econômica, mas com as investigações e processos que jogaram atrás das grades dirigentes de partidos, empreiteiros e que se aproxima perigosamente da maior estrela do PT.

Mas, como aqui no interior desta cidadela de Concórdia também se lê jornais, se assiste televisão e se ouve rádio, a conclusão sobre a fala de Lula é de que ele só pode estar falando sobre si mesmo e de seus amigos mais próximos, dada a sua direta responsabilidade pelo comando do país nos últimos anos. Se a estratégia de Lula para descolar do PT parece escancaradamente uma piada, para petistas éticos, corretos e honestos, pode dar certo.

É o caso de Concórdia, município também governado pelo PT. Depois de 16 anos de administração petista, apoiada por partidos coligados, João Girardi e Neodi Santhier deixarão os cargos no início de 2017, admirados e respeitados pelos concordienses. A política transparente, sustentada por uma gestão competente e de visão de futuro, faz com que, ao contrário do que pretende Lula a nível nacional, o PT de Concórdia naturalmente se “descole” da figura do ex-presidente e de Dilma Rousseff. É que, por aqui, com a devida vênia, não me parece que nenhum petista queira “salvar a pele” ou tenha perdido o sonho, o sono ou ainda a tranquilidade de consciência. O PT de Concórdia, é preciso convir, tem diferenças abismais do PT de Lula e está muito longe dos “rolos” do tesoureiro João Vaccari Netto, vulgo “mochila” ou “mochilinha” para os mais íntimos.

 E não me surpreenderia se, a exemplo da senadora Marta Suplicy, lideranças políticas da região apresentassem desfiliação à legenda. Só para lembrar, outros partidos também se encontram envolvidos em denuncias de corrupção, tanto é, que a lista do petrolão reúne a cúpula do Congresso Nacional e mais 5 partidos (PMDB, PP, PT, PTB, PSDB). Para piorar, um dos maiores empreiteiros do país e amigo de Lula, Ricardo Pessoa, delatou a entrega de dinheiro desviado da Petrobras para turbinar a eleição de várias figuras da República.  A lista com os nomes desta gente tá na Veja, edição 2432, pág. 39, que circula hoje, ali no centrinho, na Banca Camargo.

Pensamento da semana: "Nós temos a mandioca e estamos comungando a mandioca com o milho. Uma das maiores conquistas do Brasil". Dilma Roussef em 23/06/2015.