sábado, 28 de fevereiro de 2015

CONCÓRDIA AMBIENTAL DA FUMDEMA: GESTÃO DE RESÍDUOS, A RESPONSABILIDADE TAMBÉM É SUA.


Concórdia Ambiental organizado pela Fundação Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Fumdema) e entidades apoiadoras vai ocorrer de 6 a 8 de outubro de 2015, no Centro de Eventos e no Anexo Multiuso, localizados no Parque de Exposições Attílio Francisco Xavier Fontana.
O tema vai ser Gestão de Resíduos: a responsabilidade também é sua. Entre os subtemas a ser abordados estão destino dos resíduos da construção civil, crimes ambientais e logística reversa.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O BRASIL COMEÇA A PARAR. QUEM GANHA AS ELEIÇÕES EM 2016?

 Cesar Techio
Economista – Advogado

     Foi uma derrota vergonhosa. Nem mais nem menos. Eram inimigos ideológicos, de um passado de brigas políticas que envolvia tiros e ataques ferinos em campanhas eleitorais no qual esquerda e direita, era muito mais do que direção de trânsito. Arena (depois PPB e atual PP) não se misturava com MDB (atual PMDB, na época apelidado de Manda Brasa), com o qual se alternava no poder em Concórdia. Isso até as eleições de 2.000. Naquele ano, pela terceira vez Neodi Sareta se candidatava a prefeito; desta feita pela coligação Concórdia Melhor (PT/PPS/PDT). Temerosos e desesperados, inimigos históricos perderam qualquer escrúpulo ideológico e inauguraram uma estratégia fisiológica absolutamente inacreditável através da coligação “Todos por Concórdia” (PMDB/PPB/PFL/PSDB/PTB). Foi inesquecível o ingresso da liderança do PFL na Câmara de Vereadores, aplaudidos de pé pelos até então “inimigos” políticos, com o presidente do PFL renunciando a pré-candidatura a prefeito, numa cabeluda traição ao partido, no entender de alguns, e num grande papelão para outros. O povo, cansado de candidatos paraquedistas, assistiu estupefato, a improvável e inusitada coligação feita a “toque de caixa”, para ganhar as eleições. Foram 37.633 votos nominais, 499 brancos e 1.215 nulos, numa eleição que deu a Neodi Sareta 25.915 votos contra 11.237 do candidato da coligação Todos por Concórdia e 481 para um terceiro candidato.

     Aquela lição ainda está viva na memória da maioria dos eleitores e nos ensina que partido político não possui força para eleger ou derrotar candidatos. Em suma, o PT nacional não é o PT de Concórdia. Quem aposta que o desastroso quadro político instalado no Brasil, com efeitos desastrosos que já se sentem amargamente (a começar pela greve dos caminhoneiros que estão parando o país), respingue no PT de Concórdia, está repetindo o erro do ano 2.000. Acontece que o PT local, em 8 anos de mandato do prefeito Neodi Saretta e a completar 8 anos de mandato do prefeito  João Girardi, sempre fez o tema de casa com excelência. Recebeu inúmeros prêmios nacionais que reverenciam a alta capacidade de gestores públicos comprometidos com a responsabilidade fiscal, com a eficiência de gestão e com obras públicas que são os maiores cabos eleitorais que um partido decente e idealista pode desejar.

     Não é por nada que alguns oposicionistas criticam e continuarão a desqualificar obras magníficas como a Rua Coberta. Botar na cabeça do eleitor questiúnculas e avançar em ataques improdutivos em meio ao inferno recheado de acusações de corrupção que comprometem o governo federal, pode causar algum efeito nas próximas eleições municipais? Acho que não. Vencido o quadro pedagógico de 2.000, mesmo em meio a atual conjuntura que tende a se agravar, o que mais vai interessar ao eleitor de Concórdia em 2016, será eleger gestores que já se mostraram competentes, eficientes e honestos. Fora do município a conversa é outra.

Pensamento da semana: A greve nacional dos caminhoneiros não pode parar setores essenciais da economia sob pena de agravar o sofrimento do povo brasileiro.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

CARNAVAL E OS DEMÔNIOS DO ESTADO ISLÂMICO






 Cesar Techio
Economista – Advogado

  
          Alguns dizem que no carnaval viramos crianças, brincamos, festejamos e curtimos a alegria em um ritmo que nos confraterniza e nos aproxima uns dos outros. O Brasil é assim mesmo, feito de um povo que tem sentimento, coração e gosta de viver. Fazemos nosso dever de casa durante o ano, com a seriedade de quem quer prosperar, crescer, evoluir. Mas basta tocar uma boa musica que um largo sorriso aparece e saímos dançando. No sul, os gaúchos sisudos se alegram facilmente com um “bugio”, “chamamé”, “chimarrita”, “fandango”, “milonga”, “vanerão”, entre outras musicas nativistas que falam de um mundo valoroso, cheio de amor pela terra, pela família, pela pátria e por lindas morenas de olhos verdes. Espalhando-se pelo território nacional, outros estilos musicais fazem dos brasileiros o povo mais afortunado do mundo: sertaneja, musica popular brasileira, samba, pagode, forró, rock, eletrônica, gospel, axé, funk, contry, músicas italianas, polonesas, alemãs, africanas, latino-americanas, entre outras.


            O que norteia o brasileiro é espírito de amor, de tolerância e de acolhida enfeitada por danças e festas como o carnaval, bumba meu boi, maracatu, cavalhada, capoeira, Iemanjá, festa da uva (italiana), oktoberfest (alemã), entre centenas de outras festas culturais. Este modo de viver nasceu dos costumes de povos de várias partes do mundo que migraram para o Brasil e que apreenderam a conviver de forma pacífica e fraterna, independente de religião ou raça. Assim, a misturança e o respeito são leis naturais no coração do nosso povo e este jeito é regra de ouro que permitiu com que todos criassem seus filhos e vivessem em paz. Aliás, sempre foi assim, desde o descobrimento, com sistemas sociais que foram se humanizando com o tempo e que atingiram um grau de civilidade e de democracia que é modelo para todos os demais povos. Aqui, índios, negros, mulatos, imigrantes italianos, japoneses, judeus, alemães, poloneses, árabes, muçulmanos, entre outros, se abraçam e convivem dentro da mais absoluta normalidade.

            Nossa constituição e práticas dão espaço para todas as religiões. Aqui tem direito de ser felizes, budistas, cristãos, adventistas, católicos, umbandistas, maometanos, testemunhas de Jeová, espíritas, protestantes, hinduístas, islamistas, entre outras tantas denominações religiosas. Por isso, parece surreal, uma grotesca mentira, as notícias diárias sobre o Estado Islâmico (EI). Enquanto festejamos o carnaval, na Líbia o El sequestrou e decapitou 21 cristãos coptas egípcios. Filmaram tudo e botaram na internet. Na semana retrasada mostraram outro vídeo ateando fogo num piloto da Jordânia, enjaulado, que morreu gritando pelo pai e pela mãe. Os cristãos foram mortos barbaramente, somente por serem cristãos. Não tenho dúvidas que as portas do inferno se abriram. Estes terroristas enlouqueceram completamente. Perderam a noção de humanidade. Agora, entre outras atrocidades, deram para enterrar, queimar e crucificar crianças vivas, demonstrando com isso que na realidade são monstros terríveis, demônios sem alma, cujo cérebro é feito de merda e cuja mentalidade funciona diferente do resto da raça humana. Sem piedade, o coração deles não bate, não sabe amar, perdoar, confraternizar e muito menos pular carnaval.  



Pensamento da semana: “Vamos avançar no ecumenismo, que é testemunhado no ecumenismo do sangue. Os mártires pertencem a todos os cristãos” Papa Francisco. 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Edson Gonçalves, orgulho para os concordienses.



 Cesar Techio
Economista – Advogado

  
       Suporte para inclusão social e dignidade aos catadores de lixo de Concórdia através de convênio entre a Fundema, o Ministério do Trabalho e a Secretaria de Economia Solidária foi a feliz iniciativa de Edson Gonçalves, assessor especial do ministro do trabalho, emprego e renda, Manoel Dias que permitiu a aquisição de um caminhão para a Associação de Catadores Bentevi. Neste norte, um barracão será construído por iniciativa do Prefeito João Girardi e a atividade de reciclagem, que, além de proteger o meio ambiente viabiliza economicamente a sobrevivência de muitas famílias poderá agregar muito mais valor beneficiando diretamente quem faz o trabalho pesado de coleta. A importância da cooperativa Bentevi para a inclusão social através do trabalho de catar e reciclar lixo é algo que deve ser festejado. Tive o privilégio de fazer especialização em nível de pós-graduação em cooperativismo na Unisinos e aprendi que a forma de trabalho em grupo através de cooperativas de trabalho valorizam princípios democráticos, firmam a participação do espírito de cidadania, de autonomia e do sentimento de fazer parte da sociedade.

         De forma que é gratificante constatar que Edson Gonçalves, assim como o atual Superintendente da  Fundema Levi Dos Santos e o chefe do departamento Administrativo Edno Gonçalves, além de buscarem envidar esforços na conscientização popular sobre temas relevantes, como mudanças climáticas, educação ambiental, sustentabilidade e biodiversidade, inclusive através de eventos anuais intitulados “Concórdia Ambiental”, agora passam a valorizar de forma mais sistemática projetos em favor do meio ambiente através do cooperativismo como meio organizacional de sustentação e de viabilidade econômica para a população de baixa renda.  Sozinhos os catadores de lixo são fracos, isolados e ficam à mercê do preço que atravessadores lhes impõem. São como uma vara fina, fácil de quebrar. Mas, unidos se tornam fortes. A questão mais relevante que se impõe é que, através do cooperativismo de trabalho, cada um dos cooperados passa da condição de subjugado e sujeitado economicamente para um estado de emancipação, de liberdade e de independência, passando a ser sujeito de sua vontade e caminho, da sua própria vida.

         Auguro que o tema cooperativismo ecológico seja abordado no evento “Concórdia Ambiental” com palestrantes de renome nacional, uma vez que o progresso social da cooperação e do auxílio mútuo realmente tem o poder para mudar a vida de todos os que se encontram isolados, em situação desvantajosa de competição. Pela soma de esforços é possível garantir a sobrevivência do cooperado e de sua família, além do que, como fato econômico o cooperativismo faz o milagre de agregar valores, diminuir custos e distribuir sobras líquidas trazendo dignidade e progresso. Enfim, convém anotar que, de boa casta, Edson Gonçalves vem de linhagem real. Seu pai Genésio (de saudosa memória) e sua mãe Ercilda (ex Secretaria de Ação Social) se mostraram baluartes de caráter, de luta por nossa gente e de amor pela nossa terra. Talvez seja por isso que a opção do filho, que tem pedigree e não foi criado por pais ricos, se incline por projetos que atendem diretamente a população trabalhadora e mais pobre do nosso município e do Brasil.

Pensamento da semana: “Deve ser o nosso jeito de sobreviver – não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem.” Lya Luft

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

GEMMA E JOANA MACCAGNAM



AS ÚLTIMAS REMANESCENTES DA FAMÍLIA DE JOÃO E EMÍLIA MACCAGNAM, DE ÁGUA DOCE (23/01/2015)

SUNTA BORILLE CISOTTO




Parreiral e jardim no centro da cidade

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

ENVELHECER NA CADEIA? JAMAIS. O SEGREDO.




 Cesar Techio
Economista – Advogado

  
              O maior segredo da longevidade, da saúde e da alegria de viver, guardado a sete chaves, foi finalmente desvendado aqui em Concórdia, depois de um longo estudo desenvolvido pela minha equipe de pesquisa, o qual levou alguns milhares de segundos para ser concluído. A terceira idade nunca me pareceu confortável. Nela o corpo começa a travar e aparecem múltiplas disfunções como doenças cardiovasculares, angina, derrame, câncer de próstata, câncer do colo de útero, câncer da pele, pneumonia, enfisema, bronquite, infecção, retenção e incontinência urinária, diabete, osteoporose, osteartrose, fecaloma (retenção das fezes), convulsão, hipotireoidismo, diabete, lombalgia, hipertrofia da face, degeneração da hérnia de disco, fraturas traumáticas. Além do mais, a pele enruga, a bunda cai, a coluna encurva, as pernas ficam rígidas, fica difícil deambular. Isso sem falar na catarata, na cegueira progressiva, no Mal de Parkinson, Alzheimer, demência, comprometimento cognitivo, falta de sono, inchaço e depressão, entre outros problemas.

                       Mas, curiosamente, a grande maioria dos longevos de Concórdia apresenta pouca mudança corporal que denote avançada idade. Nem de longe se pode afirmar que passaram dos sessenta anos.  Alguns amigos foram contemplados pela pesquisa acima mencionada.  Euclides Marcon (86), por exemplo, elabora vinho artesanal da melhor qualidade com uvas colhidas por ele mesmo, de pequena pareira que plantou no terreno de sua casa. Bebe, festeja e celebra a vida com os amigos, aconselhando e contando histórias. Angelo Spricigo (100) há pouco tempo ainda construía edifícios e participava como presidente da Associação de Idosos. Aquiles Bonassi (79) é a memória viva de Concórdia. Escreveu livros que detalham histórias incríveis sobre famílias e fatos envolvendo a sociedade e a economia nascente, em meados do século passado. Sua obra deve ter espaço garantido na nova biblioteca municipal e nas de nossos colégios. Albino Zanata (82), com a ajuda dos filhos, ainda dirige uma grande empresa no setor metal mecânico. Escreveu um livro sobre sua vida e se delicia contando fatos sobre a história de sua trajetória, desde a pátria mãe Itália, até Concórdia.  Finalmente, Albino Sbaraíne (75) simplesmente assombra pela energia, positividade, sabedoria e iniciativas sociais. Várias vezes presidente da Associação Comunitária Bairro Imperial e Sunti, continua a frente da instituição e inova em organização e tecnologias. Uma delas é o sistema de captação de água da chuva que implantou no clube, diminuindo os custos com água tratada e que serve para banheiros e limpeza. Seus pares de diretoria, a quem se refere, continuadamente, como responsáveis pelo sucesso da associação, criaram espaços especiais para mães e idosos, cancha oficial de bocha, cozinha modelar, sistema de prevenção de incêndio, entre outras novidades.

              Enfim, eles se recusam a parar e vivem como quem não quer envelhecer. O segredo? Continuam em atividades produtivas, sociais e principalmente honestas.  Por dentro continuam meninos, uma gurizada de dar inveja. Doença? Nem falam sobre isso. Falcatruas, corrupção, desonestidade, não fazem parte dos seus dicionários. E na sua maioria, não vão morrer jamais.


            Pensamento da semana: Envelhecer na cadeia, este é o destino dos empresários corruptos da Operação Lava Jato, do petrolão, de origem política, idêntica do mensalão. Veja. Edição 2411, n 5, circulando hoje 04/01/2015.