Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com.br
Embora seja por meio de palavras que venho me comunicando com você, leitor, não se prenda literalmente a elas. Meus ensaios não são mentais, intelectuais, filosóficos nem fruto de pensamentos doutrinariamente ordenados, mas de sentimentos que brotam espontaneamente do coração. O mover dos meus dedos ao lançar na tela do computador as linhas de minhas crônicas, é impulsionado pelo desconhecido. Quando começo não sei aonde vou chegar, não tenho nenhum mapa, conceito pré-concebido, nenhuma direção. O título normalmente vem depois. Serve para instigar a curiosidade, afinal, em que pese termos viajado durante todo este ano por caminhos inexplorados, as palavras vão fluindo na esperança de que alguém, mesmo que por um instante, se divirta e compreenda. Não tenho certeza de nada, estou sempre hesitante. Não tenho dogmas em que me apoiar e vou tendo que buscar meus próprios caminhos. O tema surge de repente e escrevo, quase sempre, em cima da hora da impressão gráfica.
E assim é a própria vida. Precisamos nós mesmos nos inventar, reinventar, surpreender e construir o próprio caminho, “em cima da hora”, minuto a minuto, na adrenalina, de forma livre, sem qualquer imposição ideológica ou dependência disso ou daquilo. Apenas alguns princípios basilares precisam capacitar o nosso discernimento, a nossa compreensão e o nosso agir, quais sejam: 1º - Caridade. A caridade é benigna, não é invejosa; não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade (I Corintios 13,4-7);2º -Amor. “Ama e fazes o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos” (Santo Agostinho); 3º - Esperança. “A esperança tem duas lindas filhas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las” (Santo Agostinho).
Sustenta tudo isso, princípios do Direito Natural, considerados bens humanos evidentes em si mesmos, que não dependem para serem acatados de códigos de lei, de ameaça de cadeia ou do medo de ir para o inferno. No dizer de Paulo de Tarso: "Os pagãos, que não têm a lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, embora não tenham a lei eles mostram que o objeto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciência, bem como os seus raciocínios” (Romanos, 2:14-15). Neste natal, leitor, enquanto festeja o nascimento de Jesus, reflita sobre isso.
Pensamento da semana: O Natal começou no coração de Deus. Só estará completo quando alcançar o coração do homem.