quinta-feira, 17 de outubro de 2013

DeMolay: um novo tipo de juventude.

Cesar Techio
Economista – Advogado

              
    Os que possuem menos de 21 e mais de 12 anos; os que professam a crença em Deus e reverenciam Seu Santo Nome; os que afirmam lealdade à pátria; os que aderem à prática de moral pessoal e buscam cultivar a cortesia, o companheirismo, o amor filial, a reverência pelo sagrado; os que buscam a fidelidade aos compromissos, aos irmãos, amigos e a Deus; os que buscam a pureza de pensamento, palavras e ações e cultivam amor e respeito à pátria, ao povo e as suas origens; os que buscam ser bons cidadãos, honestos e respeitadores das leis.  Com estes buscadores e com todos os jovens que se propõem promover a justiça, a caridade e a trabalhar pela paz, será possível criar um novo tipo de pessoa e de sociedade, na qual cada um aceita a responsabilidade de promover práticas de comportamento pessoal e coletivo sob as luzes de um genuíno senso da dignidade da pessoa humana.

  Esta nova juventude tem rosto, voz, consciência e passou a aparecer em vários eventos pelo Brasil, em especial em campanhas intituladas “Faça um Sorriso”, com o slogan  “A alegria de dar deve ser maior do que a de receber.” Com efeito, não pode haver verdadeira conversão aos princípios que movem as propostas de vida assumidas por esta juventude, se não houver obras de justiça e de caridade. Como preparação para um compromisso de vida, a prática da caridade, como a de distribuir alimentos aos necessitados, é a oportunidade de contato real com o mundo da injustiça, no qual alguns vivem refestelados na opulência, enquanto a maioria passa fome e necessidade. De forma que a análise da sociedade dentro dos fundamentos da formação DeMolay e sob a perspectiva leiga de quem observa e se emociona com estas ações de caridade, é também a da oportunidade de uma nova mentalidade na qual se busca contato direto com dimensões estruturais da injustiça.

   Ao coletar e distribuir alimentos aos carentes, cada jovem vai adquirindo consciência dos graves problemas sociais e, se envolve com eles na busca de soluções. Mas, o que mais me toca, em vê-los saírem da zona de conforto, é o grau de influência que podem ter sobre outros jovens; é a linha de ação com efeitos pedagógicos sobre seus semelhantes e sobre as estruturas sociais; é o testemunho concreto do compromisso com princípios que promovem a justiça. Mas também é o contratestemunho aos valores da sociedade de consumo, da arrogância, do egoísmo e da insanidade que move esses tempos.


Pensamento da semana: “Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor.” ―Walt Disney