Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com.br
Medicamentos homeopáticos, fitoterápicos (preparados com substâncias ativas presentes nas plantas), complementos e suplementos alimentares, floral e outros procedimentos medicinais populares são largamente utilizados, e com sucesso pela Pastoral da Saúde. Os preços destes produtos são simbólicos e representam tão somente o seu custo, sem qualquer margem de lucro, apenas de reposição. Mais de cinqüenta voluntários trabalham na Pastoral da Saúde de Concórdia sob o comando do mestre em farmácia Dr. Luis Toigo, o “Frei Toigo”, um ser humano excepcional, apaixonado por Jesus Cristo e que vive a essência do cristianismo no dia a dia na prática da caridade. Observando a dedicação, os ideais, o amor destes voluntários em favor do povo sofrido que busca a cura de várias enfermidades, fico refletindo o quanto faria bem à democracia, ao Brasil e ao nosso município, se os nossos candidatos a vereadores e a prefeito buscassem apresentar aos eleitores um perfil semelhante ao do voluntariado.
O exemplo é claro: Desprendimento como fundamento de todas as atitudes e ações; compaixão pelos que sofrem; pensar em primeiro lugar nos outros e no coletivo. Estes são princípios que devem ser considerados pelos eleitores na hora da escolha do candidato. Na realidade, o exemplo do perfil pessoal dos voluntários, tanto da Pastoral da Saúde como os de outras organizações, pode ser usado como medida de comparação entre o perfil pessoal dos candidatos que se apresentam para pedir o voto e o exemplo do candidato que realmente precisamos e queremos. A ganância, o egoísmo dos trapaceiros e vigaristas que só pensam em si pode ser constatado pelas vis estratégias de campanha que normalmente adotam: tentam a todo tempo comprar a consciência dos eleitores com churrasquinhos, cervejadas, cesta básica, promessa de emprego, material de construção, doação de medicamento, agendamento de consulta médica, enfim qualquer oferta em troca de voto. Prometem milagres que até Deus duvida. E desta forma, com tapinhas nas costas, vão construindo um clima eleitoral pobre e criminoso.
Estes candidatos, prepotentes, orgulhosos, cheios de empáfia, que apresentam soluções mirabolantes e mentem descaradamente, são obstáculos para um futuro melhor em favor dos nossos filhos e por isso devem ser descartados pelos eleitores. No comando da máquina pública reproduzirão suas misérias em escala muito maior, com efeitos sociais devastadores. Por isso é bom ficar de olho nestes caloteiros da boa fé, sempre lembrando que, segundo o artigo 299 do Código Eleitoral, tanto comprar como vender o voto configura crime de corrupção eleitoral, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão e pagamento de cinco a 15 dias/multa. É bom lembrar que agente político é empregado do povo e não presta favor a ninguém, apenas cumpre o dever decorrente de seu mandato eletivo, sendo regiamente pago para isso.
Pensamento da semana: Parabéns aos jornalistas e a direção do O Jornal pela imparcialidade, inteligência e maturidade com que vem dando cobertura a estas eleições