Cesar Techio - Economista – Advogado
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Quando um demente assume o poder político, ocorrem genocídios, sofrimentos, misérias e dor. Foi assim com o holocausto judeu e com a morte de mais de 21 milhões de pessoas nas mãos dos nazistas (fato negado pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad mesmo diante de provas irrefutáveis que abarrotam o mundo: fotografias, filmes, relatos, confissões de executores, etc.); foi assim com a carnificina sangrenta do stalinismo russo que produziu mais de 50 milhões de assassinatos; com a matança de mais de 77 milhões de pessoas por conta de Mao Tse Tung na China e, mais recentemente, com a execução no “paredón” de dissidentes, opositores e gente do povo que tenta fugir da miséria que reina na ilha de Fidel Castro.
Na realidade, a ditadura cubana continua gerando ódio e violência contra a democracia, o estado de direito e contra os direitos humanos. Setenta e cinco opositores continuam presos desde 2003, condenados a penas de até 28 anos de prisão, sob a acusação de serem “mercenários” dos Estados Unidos. Destes, 5O pediram ao presidente Lula, nesta sua última viagem ao país, para que interceda junto ao ditador Fidel Castro por suas liberdades.
Diante deste quadro, causa estranheza a decisão do governo brasileiro em intensificar o comércio bilateral com Cuba e, muito espanto, as afirmações do presidente de que a Petrobrás investirá na construção de uma fábrica de óleo combustível em Havana, além dos investimentos realizados durante seu governo, em torno de um bilhão de dólares.
Ora, o embargo americano ao regime comunista dos Castro, não me parece despropositado sob o ponto de vista político, uma vez que é inaceitável e absurdo apoiar um governo que nega o livre arbítrio, rejeita a liberdade individual e fulmina a dignidade da pessoa humana não reconhecendo os direitos invioláveis de seus cidadãos. Exemplo da paranóia dos dinossauros ditadores veio a lume com um filme no qual aparecem membros do alto escalão, filmados secretamente a mando de Raul Castro, em uma reunião, comentando a respeito do regime. Carlos Lage, ex-presidente de Fidel depois de ser substituído na vice-presidência do país por Machado Ventura, de 78 anos e semi-analfabeto, a ele referiu-se como “fóssil vivo” e “dinossauro”. Resultado: foi confinado em prisão domiciliar. O chanceler de Cuba desde 1999, Felipe Pérez Roque, entrou na conversa e afirmou que o vice-presidente iria arruinar o país: Acabou empregado numa fábrica de eletrônicos. O primo Casellanos Lage, cardiologista de renome em Cuba, em tom de brincadeira, acrescentou que "a nação ficaria mais bem servida" se os cardiologistas implantassem de propósito e erroneamente dispositivos que aumentam o calibre das artérias dos velhos comunistas. Em tom de gozação chamou o vice-presidente de "fóssil vivo" e "dinossauro". Acabou preso. (Fonte: Revista Veja edição 2122/22 de julho de 2009)
Por estes motivos, o encontro do presidente com os ditadores cubanos , considerado por alguns como “reencontro de velhos amigos”, aliado aos investimentos do Brasil num país antidemocrático, cruel e desumano, causa muito mais do que espanto, senão indignação. Inocentes gritam há mais de cinqüenta anos por justiça naquela ilha. A estrutura jurídico–social comunista desintegrou a economia, negou a propriedade privada e todo e qualquer direito próprio inalienável dos indivíduos, como por exemplo, o de contar uma simples piadinha em tom de brincadeira em desfavor dos Matusaléns governantes, há meio século no comando sangrento do país. Frase da semana: "Metade da humanidade não come. E a outra metade não dorme com medo da quem não come”. Josué de Castro.