POLÍTICOS, VERGONHA DO POVO.
Cesar Techio - Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com
Não tem outro jeito. O nosso sistema político é de natureza representativa, ou seja, o povo comanda a nação através de políticos eleitos. Por este motivo, eficiência, probidade, regularidade, legalidade, moralidade e honestidade dos atos emanados da administração pública, também são exigências e qualidades que devem ser perscrutadas no próprio caráter dos candidatos a cargos eletivos. Encontrar esse perfil entre candidatos e após em gestores deveria ser tarefa fácil, mas, ao contrário, no Brasil é tarefa complexa. Devemos ter em mente que somos nós, povo, os responsáveis por alçar ao comando da pátria, certos políticos que envergonham a nação. Nosso analfabetismo, ignorância e pouco caso, é o motor propulsor que lança à vida pública gente que se deleita a custa da miséria do povo. Não adianta saber ler e escrever. É preciso capacidade para analisar criticamente, primeiro o caráter, depois a capacidade dos candidatos. Tudo começa nos municípios, por isso, a análise do perfil de candidatos a vereador deve ser criteriosa e responsável. Além da imprensa, que tem responsabilidade fundamental na fiscalização dos atos administrativos, ONGs, associações e organizações populares devem cobrar eficiência e honestidade do poder político. Migrar para sistemas totalitários, ditatoriais ou adotar mecanismos ilegais para colocar o trem nos trilhos, não resolve. Votar certo e convencer as pessoas para que votem de forma consciente e informada, é a solução. É necessário organização para alçarmos ao poder gente séria.
Nosso município, durante oito anos deu exemplo de austeridade, honestidade e competência nos cuidados com a “res” pública. Nenhuma mácula, nenhum desvio de conduta se verificou na gestão Neodi Saretta. Esperança do povo, ele mostrou como é que se administra com seriedade, eficiência e honestidade. Seria um sonho, se os políticos que ocupam postos chaves na administração federal, estadual e municipal, tivessem um perfil semelhante. Aqueles que o conhecem, sabem a diferença entre o exemplo que ele deixou e a práxis do quadro político que se instalou no parlamento brasileiro. Neodi Saretta criou escola de como se governa para, com e pelo povo. Não é para menos que sua administração foi nesta semana, mais uma vez, premiada a nível nacional pela excelência dos índices fiscal, social e de gestão. O atual prefeito João Girardi foi seu vice e, conseqüentemente, aprendiz por longos oito anos; de forma que tem o dever de ser melhor do que o mestre, ou de errar menos. Por este motivo, críticas ácidas e firmes contra erros e equívocos da atual gestão petista, não devem ser desconsiderados. Neste desiderato, a oposição é essencial para que o sistema democrático funcione. Assim como construir um cemitério em cima de mananciais de água, até por equívoco de leitura de laudo falso (falso, repito), foi um grave erro da administração Saretta, distribuir ingressos gratuitos para delegados do orçamento participativo freqüentar shows na Expo, pela administração Girardi, convenhamos, foi outro. Alhures injustamente estigmatizado de polêmico, ao “cantar a pedra” e ao se socorrer do Ministério Público, o vereador Zagonel demonstra que a oposição tem rumo em Concórdia e que, criticar e arrostar erros é próprio de quem tem coragem, dignidade e civismo. Pensamento da semana: “Noventa por cento dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação.”Henry Kissinger