Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com.br
Em que pese a prioridade da missão das igrejas no mundo ser a de
proclamar o “evangelho do Reino” e a relação com o mundo vir depois, isto não
significa que devam se omitir ou sentir como secundária ou opcional a relação
com o mundo, mesmo porque, a proclamação do evangelho não pode
ficar restrita ao aspecto verbal, mas deve incluir ações concretas que
expressem o amor de Deus pelas pessoas, conforme Tiago 2.14-17 e
João 3.16-17: 1 - “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?
Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem
falta de mantimento quotidiano e algum de vós lhes disser: Ide em paz,
mantenham-se aquecidos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias
para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras,
é morta em si mesma”. 2 -"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o
seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas
para que este fosse salvo por meio dele”.
Por estes motivos, não creio ser
aceitável que cristãos de carteirinha e líderes religiosos se excluam da vida política,
como se sua sagrada missão evangelizadora nos púlpitos possa, por si só,
concretizar o Reino ainda nesta terra. É preciso participar da política e
identificar bons candidatos com os sinais do Reino de Deus: solidariedade com
os sofredores (Mt 25.34); Humildade (Mt 5.3); fazer a vontade de Deus (Mt 6.10
- 7.21; 21.31,43); justiça, paz e alegria (Rm 14.17); fidelidade (Lc
19.11ss); dependência e confiança em Deus (Mt 19.23s - Mc 10.23-25 - Lc
6.20); novo nascimento (Jo 3.3,5); amor a Deus e ao próximo (Mc 12.34); justiça
(Mt 5.10 - 6.33); obediência (Mt 5.19s) e vigilância (Mt 25.1).