Cesar Techio - Economista
– Advogado
Não parecem
consistentes as manobras e ensaios pré-eleitorais a que se permitem supostos
pré-candidatos a prefeito, buscando firmar posições através de discursos
essencialmente inúteis, construídos dentro de uma constelação de interesses sem
fundamentos republicanos. Ora, o que interessa realmente a população é que se
trate de forma objetiva, inteligente e honesta dos problemas sociais e
econômicos. Por trás da fachada política do fastioso blá blá blá, encenado como
um relógio inconsequente a cada quatro anos, seria de esperar a apresentação de
ideias que reconhecessem o que de bom já foi feito e garantias para a
manutenção dos projetos em andamento, sem risco de que as grandes obras em
favor do povo sofram interrupção de continuidade devido a arrogância e idiotice
de algum prefeito eleito sem compromisso de Estado. No caso específico de
Concórdia, o discurso de quem pensa o futuro deve ser cauteloso, ou no mínimo
respeitoso, uma vez que o nível de exigência criado pela alta qualidade de
gestão das administrações dos prefeitos Neodi Saretta e João Girardi, sempre
experimentaram um alto grau de satisfação popular. Novos projetos são bem
vindos, todavia respeitar o plano de desenvolvimento construído pelas lideranças
representativas da comunidade (atualmente em andamento), vinculados ao plano “Concórdia 2030” é fundamental para
quem quer ser levado a sério. Leviandade
é propor a destruição de um trabalho que, para quem quiser ver, mostrou um alto
nível de excelência administrativa, inclusive servindo como referência para a
maioria dos municípios brasileiros.
Ao apresentarem “projetos”, os
pré-candidatos a prefeito, assim como seus partidos políticos, possuem
obrigação inderrogável de transcender as convenções demagógicas de querer
impor-se criticando injustificada e levianamente o que vem sendo feito com o
rigor da responsabilidade, da competência e do amor pelo nosso povo. O nível de
exigência, acima referido, exige a verdade objetiva, distanciada de ilusões,
mitos, enganos, promessas que não podem ser cumpridas. Todo o discurso de quem
pretende substituir João Girardi, deve obrigatoriamente considerar como pano de
fundo o orçamento público, sob as luzes da legislação pertinente, como o Plano
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); a Lei Orçamentária
Anual (LOA) - que estima as receitas e autoriza as despesas do governo, de
acordo com a previsão de arrecadação; a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei
8.429 que trata dos casos de improbidade Administrativa. Relativamente às estratégias,
de eventuais projetos de desenvolvimento, é preciso apresentar dados concretos,
justificativas, metodologia, fontes orçamentárias e objetivos; enfim é preciso
mostrar um diagnóstico sério daquilo que se aponta como problema e o
consequente prognóstico, ou seja, como resolver. Tudo sob o manto das leis
acima apontadas. Quem pretende ser o
próximo prefeito, portanto, que tenha essa perspectiva nos seus discursos e
propostas (fazendo o favor). É o mínimo que se espera de quem se acha capaz de
substituir João Girardi e superar a excelência de sua gestão.
Pensamento da semana: “Louvor
com dor”, frase do Pastor Josivan Marques dos Santos, da Igreja Batista, no
último sábado, por ocasião da partida para o céu, de um menino de 03 anos chamado
Matheus.