Cesar Techio
Economista – Advogado
Ela mata. E causa várias doenças, uma delas chamada epicondilite. Dizem que tem cura, mas na dúvida e nos primeiros sintomas é bom consultar um ortopedista urgentemente, pois a inflamação na região dos epicôndilos, que causa o que popularmente todos conhecem como “dor de cotovelo” pode virar LER. Literatura médica mostra que a epicondilite pode ser atenuada com o uso de remédio a base de amitriptilina, um potente calmante que pode neutralizar o mau estado causado nos cotovelos pelo avanço da doença. Outras doenças causadas pela inveja é a fofoca, a maledicência, a mentira, a indiferença e a traição. A fofoca é a mais comum. Basta o vizinho comprar uma roupa ou um carro novo ou sua filha chegar mais tarde, para que os fofoqueiros de plantão lancem todo o tipo de conjecturas: “este aí assaltou um banco”, “tão jovem e tão vagabunda”, e assim por diante. Companheiros só de fachada, mas não de ideais, diante de qualquer dificuldade ou empreitada, simplesmente hibernam numa profunda omissão, sumindo do mapa. A traição e a deslealdade dos companheiros e amigos invejosos nunca permanecem muito tempo na penumbra, pois essa fraqueza moral sempre acaba vindo à tona como o excremento fedorento do vaso sanitário: É preciso puxar a descarga.
Causa espanto como esta psicopatia social também é muito disseminada no meio político. Certa vez um amigo da onça, atacado por dor de cotovelo, me disse que a política é a arte de engolir a cobra que engoliu o sapo. Não é por nada que neste meio, invejosos tem a clara aparência destes pecilotérmicos, pois mudam de temperatura conforme o ambiente. O invejoso do tipo anfíbio (sapo) é uma classe de transição, entre o ambiente aquático e o ambiente terrestre, que um dia espera dominar. Mas o invejoso do tipo réptil (crotalus terrificus) é mais perigoso, pois se esgueira por entre o meio social com desenvoltura e quando menos se espera, dá um bote venenoso e muitas vezes mortal: É preciso se vacinar com soro antiofídico. Embora seja difícil identificar “prima facie”, essa anomalia de caráter, pois os sintomas externos só se tornam visíveis com o tempo, alguns podem ser reconhecidos desde logo. É que o tipo invejoso gosta muito de ser bajulado, mas como não tem nada que se lhes aproveite (a não ser o olho gordo) normalmente tenta contaminar com sua doença, os amigos mais próximos: É preciso evitar entrar na deles.
Enfim, precisamos nos satisfazer com o que recebemos de Deus e deixar de desejar o que não nos pertence. Precisamos valorizar o que os outros conquistam com o suor do próprio rosto. É preciso sermos mais leais e amigos sinceros de nossos amigos. É preciso termos o rosto mais parecido com o de Jesus do que com cobras, sapos e lagartos. Ou como já nos dizia Tiago: “Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica” (3:15).
A INVEJA E A RUA COBERTA
Cesar Techio
Cesar Techio
Economista – Advogado
Ela
mata. E causa várias doenças, uma delas chamada epicondilite. Dizem que tem
cura, mas na dúvida e nos primeiros sintomas é bom consultar um ortopedista
urgentemente, pois a inflamação na região dos epicôndilos, que causa o que
popularmente todos conhecem como “dor de cotovelo” pode virar LER. Literatura
médica mostra que a epicondilite pode ser atenuada com o uso de remédio a base
de amitriptilina, um potente calmante que pode neutralizar o mau estado causado
nos cotovelos pelo avanço da doença. Outras doenças causadas pela inveja é a
fofoca, a maledicência, a mentira, a indiferença e a traição. A fofoca é a mais
comum. Basta o vizinho comprar uma roupa ou um carro novo ou sua filha chegar
mais tarde, para que os fofoqueiros de plantão lancem todo o tipo de
conjecturas: “este aí assaltou um banco”, “tão jovem e tão vagabunda”, e assim
por diante. Companheiros só de fachada, mas não de ideais, diante de
qualquer dificuldade ou empreitada, simplesmente hibernam numa profunda
omissão, sumindo do mapa. A traição e a deslealdade dos companheiros e amigos
invejosos nunca permanecem muito tempo na penumbra, pois essa fraqueza moral
sempre acaba vindo à tona como o excremento fedorento do vaso sanitário: É
preciso puxar a descarga.
Causa
espanto como esta psicopatia social também é muito disseminada no meio
político. Certa vez um amigo da onça, atacado por dor de cotovelo, me disse que
a política é a arte de engolir a cobra que engoliu o sapo. Não é por nada que
neste meio, invejosos tem a clara aparência destes pecilotérmicos, pois mudam
de temperatura conforme o ambiente. O invejoso do tipo anfíbio (sapo) é uma
classe de transição, entre o ambiente aquático e o ambiente terrestre, que um
dia espera dominar. Mas o invejoso do tipo réptil (crotalus terrificus) é mais
perigoso, pois se esgueira por entre o meio social com desenvoltura e quando
menos se espera, dá um bote venenoso e
muitas vezes mortal: É preciso se vacinar com soro antiofídico. Embora
seja difícil identificar “prima facie”, essa anomalia de caráter, pois os
sintomas externos só se tornam visíveis com o tempo, alguns podem ser
reconhecidos desde logo. É que o tipo invejoso gosta muito de ser bajulado, mas
como não tem nada que se lhes aproveite (a não ser o olho gordo) normalmente
tenta contaminar com sua doença, os amigos mais próximos: É preciso evitar
entrar na deles.
Enfim,
precisamos nos satisfazer com o que recebemos de Deus e deixar de desejar o que
não nos pertence. Precisamos valorizar o que os outros conquistam com o suor do
próprio rosto. É preciso sermos mais leais e amigos sinceros de nossos amigos.
É preciso termos o rosto mais parecido com o de Jesus do que com
cobras, sapos e lagartos. Ou como já nos dizia Tiago: “Mas, se tendes
amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem
mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é
terrena, animal e diabólica” (3:15).
Pensamento da semana: A Rua Coberta e o Centro Cultural estão ficando
espetacularmente lindos. Precisamos valorizar e festejar esta conquista.