Nove grandes empresas ( Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior) foram alvo de uma nova fase da operação Lava Jato da Polícia Federal nesta sexta-feira, 14. De acordo com a Polícia Federal, as companhias têm R$ 59 bilhões em contratos com a Petrobras, sendo que boa parte deles está sob investigação do órgão e da Receita Federal e Ministério Público Federal

Todos os investigados na operação que não foram encontrados estão proibidos de deixar o país. Com mandados de prisão preventiva, eles estão ainda incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.
De acordo com a PF, alguns executivos das sete maiores empreiteiras do país, mantinham, nas últimas semanas, atitudes suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação policial. Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação, essa pessoas pernoitavam fora de casa e viajam com frequência. Ele negou que tenha havido vazamento de informações. "Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer (nas residências fixas). Isso se comprovou hoje com alguns sendo encontrados em outras cidades".
Ao todo, sete empreiteiras, com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação deflagrada nesta sexta-feira. "São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão material robusto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes públicos", disse o delegado.
Ainda de acordo com a PF, os executivos das empreiteiras presos hoje participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.
Na sétima fase da Operação Lava Jato foram expedidos 85 mandados judiciais e decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema.

Os mandatos foram cumpridos nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 300 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação.
Dos 18 presos na operação, 16 fazem parte da alta cúpula das empresas que já vinham sendo investigadas. Eles ocupavam cargos de liderança, como a presidência e a vice-presidência nas construtoras.
Redação SRZD* 14/11/2014
*com informações da Agência Brasil.