Cesar Techio
Economista – Advogado
A aceitação da liderança de Mauro Mendes,
o Tchê Mendes, tem criado certo desconforto pelos lados da
banda inócua da velha e atávica política local, mas afeição entre os que
acreditam que para aprimorar e garantir os altos padrões de gestão pública
experimentado pelo município de Concórdia nos exatos últimos 14 anos, de Neodi
Saretta a João Girardi, é preciso pragmatismo. Ao colocar o interesse público
acima dos interesses dos partidos políticos, Mauro Mendes se despe do discurso
cadente dos meios de comunicação, nos quais é chamado carinhosamente por seus
ouvintes de “O bagual do Rádio” e assume o perfil de um vereador
pragmático. Vale dizer, suas decisões contra ou a favor do governo buscam
uma avaliação prática e utilitária. O trabalho da gestão tem resultados úteis,
justos, honestos, probos e de alcance social? Esta é a pergunta
que baliza sua ação política na Câmara de Vereadores e que dificulta
aos que se entendem por “experts”, estabelecer níveis
de persuasão eficientes para demovê-lo do rumo que ele, e somente
ele, entende por correto e produtivo. Por trás de tudo isso existe algo
muito perceptível para quem o escuta com a alma e com o coração: uma índole
inclinada para o bem. Mas também raiva, repúdio e nojo por fisiologia,
ditadura, tirania, abuso, mentira, conversinha fiada.
Escudado no seu jeito de ser, costuma com elegância e educação,
“esfregar na cara” de quem lhe afronta, as verdades missioneiras que ele
apreendeu durante a vida. É que, confundir o personagem, o
artista Tchê Mendes, com o cidadão Mauro Mendes, só é permitido
na essência da sua mensagem, mas jamais na técnica, postura parlamentar e
excelência com que conduz a sua vereança. Com certeza, Mauro Mendes soube mais
do que ninguém, apreender com Rogério Pacheco as técnicas do comando, da
legislação e da diplomacia, próprias da presidência da Câmara. Este, aliou
equilíbrio e sabedoria em favor dos concordienses, na medida em que deixou a
política pequena de lado e buscou a governabilidade. Não me parece que siglas
partidárias tenham tido qualquer influência nas decisões de Rogério Pacheco, de
tal forma que sempre enfatizou, ao lado do prefeito, em atos solenes e
públicos, que a decisão legislativa é fundamental para o sucesso de
inaugurações, convênios, entrega de obras e bons resultados de gestão.
A presença do Presidente da Câmara de Vereadores, ao lado
do prefeito, nestes eventos públicos foi e é sinônimo de maturidade política.
Por ocasião da maior entrega de máquinas da história do município, em torno de
R$ 4 milhões de reais, Rogério Pacheco teve a oportunidade de, mais uma vez,
expressar a importância dos trabalhos dos vereadores para a viabilização
daquela compra. Nestes dois anos tivemos o que de melhor poderíamos
esperar em termos de qualidade legislativa. Isto se deve muito a condução dos
trabalhos pelo presidente. Neste sentido, tenho esperança de que Mauro Mendes,
se eleito Presidente da Câmara de Vereadores pelo biênio 2015/2016, seguirá com
firmeza, espírito republicano e idealismo, o mesmo norte trilhado por Rogério Pacheco.
Vamos torcer para que isso aconteça.