terça-feira, 22 de janeiro de 2013

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: VOCE PRECISA DELA


Cesar Techio
Economista – Advogado

Jogo no final de semana
          A grande proposta do governo João Girardi é a de elevar ainda mais os indicadores econômicos e sociais do município (que já aparecem em destaque no cenário nacional) com crescimento e desenvolvimento sustentável. Entretanto, para que isso ocorra é necessário modificar os modelos de negócios e de desenvolvimento, propondo uma profunda mudança na concepção de trabalho, na mentalidade, nas atitudes e nas decisões não só dos gestores públicos como também do empresariado e de todas as pessoas interessadas em investir em Concórdia. É duro, mas é preciso romper com a velha maneira de pensar e de obter lucros à custa das matas encravadas nos morros e encostas que circundam e protegem a cidade. É preciso aceitar, de uma vez por todas, o fato de que os nossos recursos naturais são finitos e que o ecossistema planetário não aguenta mais a degradação ambiental que impede a sobrevivência da atual e das futuras gerações.

         A proposta de elevar os indicadores econômicos e sociais é importantíssima. Todavia é preciso alertar que não existe uma necessária vinculação entre indicadores econômicos e sociais. A concentração de renda nas mãos de poucos e a avidez por lucro ilimitado podem produzir altos indicadores econômicos sem efeito concreto sobre os indicadores sociais, ou seja, sem beneficiar a maior parte da população. Precisamos estar atentos para que o crescimento dos indicadores sociais se dê concomitantemente ao crescimento dos indicadores de preservação ambiental. O nosso crescimento urbano deve acontecer sem a derrubada das matas encravadas nas encostas da cidade, sem degradação ambiental e com o máximo de responsabilidade social. Os projetos de desenvolvimento oriundos do Plano de Governo devem optar por uma formatação que adote modelos que preservem a fauna e a flora e induzam a pensar em favor da natureza com vistas a sustentar a vida sem o colapso das matas.

         O impacto ambiental devido à supressão da vegetação que cobrem os morros e que servem como manto de absorção das águas das chuvas e, consequentemente de retenção das enxurradas, é imensurável e insano. Os efeitos funestos e violentos dos desmatamentos destinados a projetos de loteamento são visíveis e sentidos pela população e pode ir desde a enchentes a cada forte precipitação pluviométrica com destruição do centro da cidade, até a supressão do ar puro (oxigênio); expulsão das aves nativas da rica fauna que circunda a cidade e a contaminação do solo e do lençol freático. Por isso, vale a pena insistir, para que os aumentos dos indicadores econômicos e sociais venham acompanhados com o aumento dos indicadores de ecoeficiência, com maior preservação das matas e com altos investimentos públicos e privados em projetos de educação ambiental.

Pensamento da semana: Homenagens a honrosa família Romani (tutte le persone buone eprovenienti da Italia), pela assunção do respeitável Gilberto Romani à Câmara de Vereadores de Concórdia.