domingo, 18 de novembro de 2012

Desenvolvimento de Concórdia: é preciso mudar.



Cesar Techio
Economista – Advogado
cesartechio@gmail.com.br 

                 Concepções pontuais sobre obras de infraestrutura, como as que foram apresentadas no livrinho Concórdia 2030, são positivas, porque demonstram preocupação sobre soluções urbanas, a exemplo de “Curitiba 2030”, fonte inspiradora para muitos municípios brasileiros, inclusive o nosso. De modo que a proposta para construir, por exemplo, um novo “Contorno Sul”, deve ser aplaudida, com sinceras homenagens ao vice-prefeito Neuri Santhier, mas com a sensação de minha parte, de insuficiência quanto à capacidade gerencial e de resultado efetivo  de um projeto global e estrutural de desenvolvimento para o quadriênio 2013/2016 e para os anos seguintes. O que precisamos, com a devida vênia, é aplicar um novo modelo à gestão pública, pois as que existem nos municípios são inspiradas no modelo capitalista, no qual o governo determina objetivos políticos e econômicos para o desenvolvimento com controle centralizado e muitas vezes com resultados pouco eficientes. Na realidade, os prefeitos brasileiros necessitam adquirir uma nova visão sobre a melhor forma de conduzir o processo de desenvolvimento em seus municípios. Durante as campanhas municipais o que mais se ouviu, foram críticas, queixas veementes e ataques à estagnação, normalmente gerada por ausência de recursos públicos, aliada à carência de ideias voltadas às soluções concretas para a melhora da qualidade de vida. Qualidade que não muda, sem aumento de recursos no bolso da população.

                 A Administração petista, em Concórdia, mais uma vez teve o voto de confiança da população e dos partidos coligados, afora o empenho pessoal de Neodi Saretta, (patrimônio moral da política concordiense), para divulgar a ideia de que o melhor ainda está por vir, na mesma linha do discurso de Barack Obama, vislumbrando ações no segundo mandato, no qual propõe a recuperação econômica de seu país. Mas, convenhamos, não é verdade que a oposição não assustou. Ao contrário, a ânsia por mudanças, principalmente na área de desenvolvimento, nos fez e faz respeitar todos àqueles que abraçaram esta causa, inclusive o candidato Cezar Luiz Pichetti. 

                 De forma que, é imprescindível que o comando do município adote um novo modelo administrativo para garantir um desenvolvimento permanente, sólido, eficaz e eficiente a curto, médio e longo prazo. A criação de autarquias e, principalmente de empresas mistas para a prestação de serviços públicos incluindo o desenvolvimento de projetos de estímulo à industrialização e consequente aumento de renda para todos os participantes, se constitui num primeiro e sério passo para uma mudança radical e sólida. Esta é a primeira sugestão, aqui ofertada de forma parcial e em síntese. Em segundo lugar, é imperioso afirmar, que a metodologia do modelo de gestão para a promoção do desenvolvimento de nosso município necessita de um impulso técnico, estrutural, fundamentado e de alto alcance, incrustado em uma nova forma de gerenciar.

Pensamento da semana: É preciso humildade, união e visão técnica.